BRASÍLIA – Por determinação do STF, a Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira (16) uma ação com mandados de busca e apreensão contra o publicitário Sérgio Lima e o empresário Luís Felipe Belmonte.
Os dois são ligados ao Aliança pelo Brasil, partido que o presidente Jair Bolsonaro pretende criar. Belmonte é advogado milionário e suplente de senador no DF. Casado com a deputada Paula Belmonte (Cidadania -DF)
O deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ), bolsonarista, também foi alvo. Agentes estiveram em endereços dele e também no gabinete, no Congresso.
As buscas e apreensões foram pedidas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e autorizadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), dentro do inquérito que investiga a realização de atos antidemocráticos. Moraes é o relator do caso.
Ao todo, são 26 mandados contra 21 pessoas, que estão em Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Maranhão e Santa Catarina.
O ministro Alexandre de Moraes também determinou a quebra dos sigilos bancários de dez deputados e um senador bolsonaristas. São os seguintes:
- Alê Silva, deputada (PSL-MG)
- Aline Sleutjes, deputada (PSL-PR)
- Arolde de Oliveira, senador (PSD-RJ)
- Bia Kicis, deputada (PSL-DF)
- Carla Zambelli, deputada (PSL-SP)
- Caroline de Toni, deputada (PSL-SC)
- Daniel Silveira, deputado (PSL-RJ)
- General Girão, deputado (PSL-RN)
- Guiga Peixoto, deputado (PSL-SP)
- Junio Amaral, deputado (PSL-MG)
- Otoni de Paula, deputado (PSC-RJ)
O objetivo da ação desta terça, segundo os investigadores, é levantar provas sobre a organização dos atos e sobre quem os financia.
Os atos atacaram e ameaçaram instituições como o Congresso e o Supremo Tribunal Federal (STF), o que é inconstitucional.
De acordo com a PGR, todos os investigados são suspeitos de usarem a internet e as redes sociais para disseminar mensagens contra a democracia, de incentivo à desobediência e contra o ordem pública.