BRASÍLIA – AGENCIA CONGRESSO – Na votação da Câmara Federal da última quarta-feira que rejeitou o voto impresso, 113 deputados votaram em sentido oposto à orientação dos respectivos partidos — esse número representa 25% dos 448 parlamentares presentes.

Ao todo, as dissidências ocorreram em 14 siglas que recomendaram a rejeição da proposta. Em função disso esses parlamentares podem ser punidos, inclusive capixabas.

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As siglas que tiveram os maiores percentuais de votos contrários à orientação foram PSD (57%), PV (50%), PSDB (47%), DEM (46%) e MDB (45%).

Em menor escala, Cidadania (38%), Solidariedade (36%), PSB (35%), PL (27%), Avante (25%), PDT (24%), Podemos (20%), PSL (11%) e Republicanos (9%).

O PSDB, contrário à PEC, registrou 14 votos dissidentes. A orientação da sigla foi cumprida por 12 tucanos. Um outro se absteve — Aécio Neves (MG), também contrariando a legenda.

Com relação ao PSD, 11 deputados cumpriram a orientação do partido, enquanto 20 votaram em sentido oposto, ou seja, pela aprovação da PEC. Outros quatro se ausentaram e não votaram.

Delegado Éder Mauro (PA) é um dos dissidentes do PSD. Ele admitiu o risco de algum tipo de punição dentro da sigla. “Se me expulsarem, não tem problema. Existe Justiça para isso, desde que eu leve o meu cargo (mandato) não tem problema”, disse o parlamentar.

Éder Mauro afirmou que o PSD sempre soube da posição dele, favorável à adoção do voto impresso. O deputado contou, também, ter se manifestado contra a decisão do partido de trocar seus representantes na comissão especial que analisou a PEC e aprovou o arquivamento da proposta.

Aliado do presidente Bolsonaro, o deputado Neucimar Fraga, presidente do PSD no Espírito Santo, chegou a defender a aprovação da PEC, o que não ocorreu.

                       Fraga é presidente do PSD/ES

Com informações do Correio Braziliense