BRASÍLIA – AGENCIA CONGRESSO – Na entrevista que concedeu ao jornalista Rogério Medeiros (SD), semana passada, o prefeito de Vila Velha e pré candidato ao governo, Max Filho, de saída do PSDB, falou muito mas não disse nada.
Não disse, por exemplo, o que pretende fazer para melhorar a vida dos capixabas, caso seja eleito governador. E fez apenas uma critica ao governo Paulo Hartung, que cumpre seu terceiro mandato: ‘Cuidar de conta é muito importante, mais ainda, é cuidar de gente’. Poderia ter sido mais crítico. Assunto é o que não falta.
Caso deixe de fato o governo, Max vai ter que explicar muito a renúncia da PMVV. Depois ainda vai ter que encontrar um partido. O cenário não é favorável a ele.
Mas a candidatura de Max pode ser útil ao projeto da oposição. Ele pode fazer uma dobradinha anti PH nos debates e programas de TV.
Mas isso também vai depender da legenda que o abrigar, por que se seu novo partido tiver menos que cinco deputados federais, nem aos debates ele terá direito de participar.
AGORA É MAX?
O ideal para o prefeito canela verde que sonha seguir os passos do pai, o ex-governador Max Mauro, seria se filiar a um partido com candidato a presidente da República.
Um PHS da vida por exemplo não serviria. Já o Podemos que tem o senador Àlvaro Dias como candidato ao Planalto, parece ter outros planos no ES, provavelmente a senadora Rose de Freitas.
Na campanha do pai, cujo slogan era forte ” Agora é Max”, em 1986, mesmo fora do governo o então deputado federal Max Mauro derrotou o nome posto pelo governador Gerson Camata na convenção emedebista e foi aclamado governador.
Mas a construção desta candidatura ocorreu durante os quatro anos do bem sucedido governo Camata, com Max controlando com mão de ferro o então diretório estadual do MDB.
Max Filho parece querer construir uma candidatura ao Palácio Anchieta da noite pro dia. E pior, sem partido. Vamos esperar o dia 7 de abril para ver se ele realmente irá trocar o certo pelo duvidoso (M.R)
(Foto Max e seu vice, Carreta; escolhido a dedo em 2016)