BRASÍLIA – AGENCIA CONGRESSO – Integrantes do PP capixaba avaliam que o erro do governador Renato Casagrande (PSB), em relação ao Progressistas/ES, foi não ter buscado aproximação com a sigla após as eleições.
”Casagrande manteve o ex-deputado Marcus Vicente – que presidiu o partido por dez anos – na Sedurb – Secretaria de Desenvolvimento Urbano – sem ouvir quem ganhou a eleição”, comentou um integrante da executiva estadual.
Vicente foi candidato a federal mas não se reelegeu. Contou apenas com 29.168 mil votos.
As divergências entre os dois lados que estiveram juntos na eleição de 2022 – PP apoiou Casagrande para o governo – tiveram início após Vicente perder o comando da legenda por decisão da executiva nacional.
O governador tem dito que a Sedurb é cota partidária, e foi aprovada pelo PP. E se o partido sair, perde a pasta. Sobre a crise o deputado Da Vitória não pretende falar. “Ajudei o ES e continuarei ajudando”, disse.
O deputado federal Evair de Mello (PP), procurado para falar sobre o caso, também disse que não falaria.
‘Não fiz parte desse acordo, por isso não posso falar sobre o que não combinei”, afirmou para a Agência Congresso. Por parte do governo, a história é outra, de que foi o PP quem se afastou.
E nos bastidores existe a versão de que o PP ‘com mandato’ queria a direção da Cesan, o que foi vetado pelo PSB.
Mas por trás de tudo estão os interesses de 2026, quando o PP só estaria com Casagrande caso tivesse apoio do governador para sua chapa majoritária, o que é muito pouco provável.