BRASÍLIA – AGENCIA CONGRESSO – A bancada de deputados e senadores do ES vai ao Consulado da Itália, no Rio de Janeiro, pedir para agilizar a emissão de cidadania para os capixabas.
Existe a suspeita de que só quem paga R$ 20 mil a despachantes consegue senha para dar início ao processo de dupla-cidadania e passaporte para entrada livre na União Europeia.
No ES existem aproximadamente 37 mil descendentes de italianos e o estado não dispõe de uma estrutura fixa para que as solicitações sejam avaliadas e expedidas pela embaixada daquele País.
Os processos que pedem nacionalização italiana por capixabas ocorrem ou pelo RJ ou por SP. O tema foi levantado pelo deputado Paulo Foletto (PSB). Ele afirma que de acordo com alguns informações que recebeu, alguns despachantes estariam favorecendo e agilizando o processo daqueles que pagassem cerca de R$ 20 mil.
Para resolver este problema, Foletto quer que a bancada se reúna com o consulado geral da Itália para tentar conseguir que um funcionário daquela embaixada seja destacado para atender diretamente de Vitória a demanda crescente dos pedidos. A reunião no Rio deve ocorrer até dia 28.
“Na verdade, algumas pessoas que trabalham com isso – que é a legalização de documentos, que assessoram as famílias para obtenção da dupla cidadania – vieram [até nós] reclamar que, além da demora para obtenção destes documentos porque o ES não tem um consulado, não existe o interesse [da embaixada] em resolver este problema”, falou o parlamentar do PSB.
“A liberação de senhas tem sido feita a partir das 00h00 de domingo para segunda, e acaba logo. E há a suspeição de despachantes que vendem a senha e oferecem os serviços. Então nós queremos procurar a embaixada ou o consulado geral [para resolver isso]”, complementou o socialista.
A ideia do senador tucano Ricardo Ferraço é pedir que o ES tenha uma agência consular da Itália. Segundo ele, a agência tem “quase” as mesmas prerrogativas que um consulado, só que “com menos burocracia” e um menor custo de pessoal.
Ferraço propõe que para instalação da agência consular da Itália seja feita o mais rápido possível, o governo estadual poderia se responsabilizar pelo local. “Nós vamos levar este assunto ao consulado geral visando a resolução deste tema”, resumiu Ferraço.
Foto M Rosetti