Quando o deputado federal Felipe Rigoni nasceu, em 13 de junho de 1991, o deputado estadual Theodorico Ferraço, de 84 anos, já tinha ganho várias eleições. É o politico capixaba mais tempo em atividade.
O ex-prefeito de Cachoeiro – por quatro vezes, e presidente da Assembleia Legislativa só ficou sem mandato uma vez, em 1986, quando disputou o Senado e perdeu para João Calmon (MDB).
Mas perdeu devido ao sistema de sub-legenda existente na época. Foi o mais votado do Estado. Foi também deputado federal. De lá para nunca ficou sem mandato. E ainda ajudou a eleger a mulher duas vezes, a deputada Norma Ayub (UB).
O veterano, no entanto, não acreditou quando a mulher voltou de Brasília dizendo que havia perdido o partido para o novato Felipe Rigoni.
E pior, que o deputado de primeiro mandato seria candidato ao governo, o que contrariou os planos de vários integrantes da sigla, principalmente do ex-senador Ricardo Ferraço, até então comandante da legenda.
Rasteira
A rasteira de Rigoni na família Ferraço foi dada em novembro, quando ele acertou sua ida para o União, que sequer havia sido criado. Até aquele momento ele não falava em candidatura ao governo.
No dia da filiação em Brasília, 7 de dezembro de 2021 – noticiado com exclusividade pela AGENCIA CONGRESSO – estavam presentes o ex-secretário João Gualberto, do instituto Futura, e o ex-prefeito de Vitória Luiz Paulo Veloso Lucas.
Os dois criaram empresas recentemente para prestar serviços ao novo comandante do UB. Luiz Paulo será o responsável pelo plano de governo. Rigoni vai ter R$ 20 milhões para gastar até outubro.
O União Brasil é o partido mais rico do país. Como a eleição é em outubro, o UB vai ter que gastar em média R$ 3 milhões por mês, dinheiro público, claro.
Debandada
Ex-presidente do PSL no Estado, o coronel Alexandre Quintino deve se filiar ao PDT. Foi outra vítima da manobra ‘Rigoni’. Outros membros do “União” também vão procurar novos rumos. Apesar da grana, ninguém quis ser liderado por Rigoni. Ele achou bom.
São R$ 7 milhões para o candidato ao governo e R$ 13 milhões para os demais candidatos. O ‘aparato’ que sobrou em torno do político que deseja ‘inaugurar um novo ‘ciclo no ES’ certamente não foi atraído pela modernidade digital. (M.R)
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