BRASÍLIA – AGENCIA CONGRESSO – Após os arranjos firmados em torno dos partidos visando as coligações para a disputa de outubro, líderes partidários chegaram a conclusão de que o ex-governador Renato Casagrande largou na frente na disputa pelo Palácio Anchieta.
Reunidos no café da Câmara, alguns deputados federais, -todos presidentes de partido – queriam saber para onde irão os votos do governador Paulo Hartung – fora da disputa – senadora Rose ou Casagrande?
Avaliação da maioria: Casagrande. “Foi governador apoiado pelo mesmo grupo e tem sua imagem vinculada a Hartung”, disse um deputado. Outra conclusão do grupo: após os arranjos ‘coligatórios” Casagrande demarcou quase 70% do território eleitoral.
Morto – A candidatura a reeleição do senador Ricardo Ferraço também foi avaliada como “ressuscitada” em função da desistência de Hartung em disputar a reeleição. “Se Amaro Neto fosse candidato a senador Ferraço teria muita dificuldade”.
Veto – Mais bastidores: A ex-secretária Lenise Loureiro seria a vice de Casagrande. Mas o PP não aceitou. Com maior tempo de TV; o Progressistas botou o pé na porta. Se nela saísse da chapa de federais poderia inviabilizar a eleição de deputados federais. Não que ela tenha muito voto – provavelmente nem será eleita – mas desfalcaria o total de votos.
PERNA DA MORTE
A ‘perna’ onde está o PP e o PPS tem três federais candidatos a reeleição – Marcus Vicente – Evair Melo e Givaldo Vieira, além do estadual Da Vitória, e ainda o ex-prefeito Luiz Paulo e outro estadual, Sandro Locutor. Só que no máximo três tem chances de ganhar vaga.
2020 – A sucessão municipal de 2020 também foi levada em conta, na hora dos acertos. Na perna para federal do PDT, PSD, PSDB, DEM e SD existem vários candidatos a prefeito como Sérgio Vidigal (Serra) Neucimar Fraga (Vila Velha) e Jorge Silva (S.Mateus) o que pode aliviar a vida dos suplentes. Essa perna que tem ainda o vice governador César Colnago e a deputada Norma Ayub como candidatos. Mas só elege três federais.
Para eleger um federal são necessários 163 mil votos. o deputado Sérgio Vidigal disse que se o PDT tivesse todos esses votos, ele não se coligaria com ninguém. Desta forma o suplente seria do próprio PDT.
Boi na sombra – Quem mais lucrou com todos os arranjos foi o deputado Paulo Foletto (PSB) que cumpre seu segundo mandato de deputado federal.
A ‘perna’ dele é a mais tranquila. A avaliação é que ele está reeleito porque se aliou a vários ‘bagrinhos’ como o vice prefeito de Vila Velha, do Avante. Vão servir de escada para o socialista.
Pelo lado da senadora Rose de Freitas a maior falha foi atribuída ao prefeito de Viana, Gilson Daniel, do Podemos. Seu desempenho como dirigente partidário a fragilizou a candidatura da senadora.
Pé frio – Na eleição anterior, de 2014, perdida por Casagrande para Hartung, Daniel era um dos articuladores da campanha do socialista.