BRASÍLIA – O GLOBO – Em 2022 O Brasil retomou sua trajetória de crescimento econômico em voo de galinha (saltos baixos e curtos) e viu a inflação voltar a assustar. O cenário teve ainda alta de juros e queda de desemprego (embora com alta taxa de informalidade). Eis os três grandes culpados:
- a pandemia, que desarranjou a economia global;
- a Guerra na Ucrânia, que levou a entraves comerciais entre a Rússia e boa parte do mundo;
- e as medidas radicais de contenção da Covid na China, que paralisaram parte da produção da segunda maior economia do mundo.
No nosso quintal, dá para apontar o dedo para a crise institucional provocada pelo governo Jair Bolsonaro, que minou a confiança dos investidores e piorou a imagem internacional do país.
Abaixo, oito gráficos para entender nossa economia no ano: |
O Índice de Preços ao Consumidor (IPCA) chegou a 12,13% em abril, maior taxa desde 2003. O alívio veio no 2º semestre, quando cortes de impostos baixaram na marra os combustíveis.
Vilã nos preços em 2022, a gasolina também serviu de bode expiatório. O governo Bolsonaro centrou fogo nesse item para aliviar a pressão em ano eleitoral.
Remédio mais conhecido para combater a inflação, a elevação da taxa de juros tem efeito amargo: enfraquece o consumo e o investimento, baixando assim o crescimento econômico e estacando o PIB.
A moeda americana também deu uma forcinha para conter a a inflação. Depois de assustar e bater os R$ 6 em 2021, ela se firmou em torno de R$ 5,20.