BRASÍLIA  AGENCIA CONGRESSO – O número de casos de Lei Maria da Penha envolvendo colecionadores, atiradores e caçadores (CACs) cresceu mais de 1800% entre 2009 e 2023 no Distrito Federal.

Os dados foram obtidos pela TV Globo via Lei de Acesso à Informação.

 As investigações da Polícia Civil apontam que o suspeito de cometer o primeiro feminicídio registrado na capital neste ano tem registro de CAC

Wesly Denny da Silva Melo, de 29 anos, foi preso suspeito de atirar contra a ex-companheira Tainara Kellen Mesquita da Silva, de 26 anos.

O especialista em segurança pública Cássio Thyone explica que os exames psicológicos para quem deseja se tornar CAC devem ser mais rigorosos.

Ele afirma que uma arma nas mãos de um homem com sinais de agressividade torna-se um perigo ainda maior para a mulher.

“Para aquele agressor que já tem uma tendência à violência portar e ter acesso a uma arma de fogo só faz incrementar a ideia de poder que ele tem sobre a pessoa com quem ele divide a sua vida dentro de um lar”, afirma o especialista.

Também houve aumento no registro de casos de violência psicológica contra a mulher. Em 2019 e 2020, a Polícia Civil não recebeu ocorrências deste tipo.

Já entre 2021 e 2023, a quantidade passou de para 12 — ou seja, um aumento de 1100%.

No DF, é onde se mata mais mulher

O Distrito Federal teve um aumento de 250% no número de feminicídios na comparação entre o primeiro semestre de 2022 e o mesmo período de 2023, segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP).

Diante do resultado, o DF se tornou a unidade da federação com o maior número de mortes de mulheres por questões de gênero.

(Fonte G1)