BRASÍLIA – AGENCIA CONGRESSO – O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) está saindo do país para não ser preso. Isso é fato.

Na cabeça dele isso pode ocorrer já nos primeiros dias após a posse de Lula. Mas, se ocorresse, traria instabilidade para o novo governo.

No entanto, só ele (Bolsonaro) sabe o que escondem os decretos de sigilos de 100 anos e 50 anos que baixou.

Talvez ele tenha motivos para acreditar que seria preso de imediato. Ou que a quebra dos sigilos gere novos processos contra ele, por abuso de poder e atos antidemocráticos, gastos?

Talvez por isso ele tenha levado tantos dias para absorver a derrota e tenha se fechado em silêncio no Palácio Alvorada, triste e deprimido. O governo dele acabou junto com o 2º turno, em 30 de outubro.

No Judiciário, entretanto, a prisão ‘do mito’ não poderia ocorrer sem o devido processo legal, o que demandaria tempo, por mais que o ministro Alexandre de Moraes queira isso.

PARANÓIA – Bolsonaristas acampados no Setor Militar de Brasília, ajoelhados frente a um tanque pedindo intervenção militar

Terrorista

Bolsonaro atrai gente doida. E abriu as portas para os loucos após ser eleito presidente em 2018. O primeiro maluco que ele atraiu foi Adélio Bispo, que lhe deu uma facada.

Se Bolsonaro for preso, não será a primeira vez. Ele já pegou cadeia quando servia ao Exército.

A prisão foi motivada por um artigo que ele escreveu para a revista Veja em 1986, sem consultar os seus superiores, no qual pedia aumento salarial para a tropa.

Na época, o STM decidiu que pelo artigo ele já havia sido punido com a prisão. Além do artigo, o processo que investigou a conduta de Bolsonaro analisou ainda acusações da revista Veja de que Bolsonaro e outro oficial estariam elaborando um plano para explodir bombas-relógios em unidades militares do Rio de Janeiro.

Entre as evidências do plano, a revista divulgou esboços atribuídos a Bolsonaro. Ele negou a autoria de qualquer plano de bombas e citou que os exames grafotécnicos eram inconclusos.

A tática de usar a mentira – a mesma usada por seu anfitrião americano Donald Trump – sempre foi a arma preferida de Bolsonaro. Bora ver agora, sem imunidade, se ele vai continuar se safando. (MR)

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