BRASÍLIA – AGÊNCIA CONGRESSO – O mês das mães acaba com saldo político trágico para o pais. Sem luz no fim do túnel.
Prevalecem as incertezas tanto na política quanto na economia. Hoje é mais fácil Lula admitir que é dono do sítio de Atibaia do que Temer renunciar. E pior; as suspeitas começam a contaminar outros órgãos como o MP e ministros do STF.
As duas primeiras semanas de junho, justamente quando o julgamento da chapa Dilma-Temer estará ocorrendo no Tribunal Superor Eleitoral, são consideradas decisivas a votação das duas reformas mais importantes, a trabalhista e a previdenciária.
Na última semana, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que pretende colocar a reforma da Previdência em votação no plenário da Casa entre os dias 5 e 12 do próximo mês.
Pelo calendário do Planalto, a reforma trabalhista também poderia ser analisada no Senado no início do próximo mês.
Se no TSE o governo já contabiliza três de sete votos contra Temer, no Congresso a tarefa também é complicada.
Está cada dia mais difícil segurar a governabilidade. Antes mesmo da delação da JBS, o Planalto reconhecia dificuldade nas negociações com deputados.
Muitos condicionaram apoio ao governo, à liberação de suas emendas parlamentares. O velho tomá lá dá cá.
Impeachment – processo instaurado com base em denúncia de crime de responsabilidade
contra alta autoridade do poder executivo (p.ex., presidente da República, governadores,
prefeitos) ou do poder judiciário (p.ex., ministros do S.T.F.), cuja sentença é da alçada do
poder legislativo.
Havia grande dificuldade para chegar aos 308 votos necessários para aprovar a reforma da Previdência na Câmara.
Isso antes da delação-bomba da JBS. Essa articulação, segundo integrantes da equipe econômica e de líderes do governo, voltou à estaca zero após a revelação da gravação do presidente.