Se a lei já existisse o general Pazuello não poderia ter sido eleito deputado federal

PEC que proíbe militares da ativa de serem candidatos em eleições federais e municipais já foi aprovada na CCJ do Senado em 29 de novembro

BRASÍLIA – AGENCIA CONGRESSO – O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse ao ministro da Defesa de Lula, José Múcio Monteiro, que deve colocar a PEC dos militares em votação no plenário da Casa ainda em 2023.

A proposta, que proíbe militares da ativa de serem candidatos em eleições federais e municipais, já foi aprovada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, em 29 de novembro.

O ministro da Defesa é um dos entusiastas da PEC e participou ativamente da elaboração da proposta.

Será um duro golpe nos bolsonaristas que tentam seguir a trajetória do ‘mito’ e arrumar cargos vitalícios, contrariando a lei.

A ideia é colocar a matéria em votação na semana de 18 de dezembro, a última antes do recesso parlamentar. Se aprovada no Senado, a PEC seguirá para análise da Câmara.

Segundo o texto aprovado pelos senadores na CCJ, o militar da ativa terá de ser transferido para a reserva imediatamente no ato do registro da candidatura. O texto exclui policiais e bombeiros militares da regra.

FOTO – Ex-ministro da saúde do governo Jair Bolsonaro (PL), o general do Exército Eduardo Pazuello foi eleito deputado federal pelo Rio de Janeiro com mais de 200 mil votos, em 2022. Tem exercido o mandato com descrição na Câmara, sem se destacar em plenário.