Mentiu em culto evangélico para induzir otários a votar em Bolsonaro

BRASÍLIA – AGENCIA CONGRESSO – O Ministério Público Federal (MPF) ajuizou uma ação civil pública para que a senadora Damares Alves (Republicanos) e a União indenizem a população do Marajó, no Pará, em R$ 5 milhões.

O caso refere-se a uma fala da ex-ministra em um culto evangélico, durante as eleições de 2022, com falsas informações envolvendo abuso sexual e torturas às crianças do Marajó, segundo o MPF.

Chegou ao absurdo de dizer crianças praticavam sexo oral. Seu objetivo era induzir evangéicos otários a votar em Bolsonaro.

O pedido, assinado por 19 procuradores da República, é uma resposta às mentiras de Damares ditas durante campanha de Bolsonaro

Na ação, o órgão pede que a União e a ex-ministra sejam condenados ao pagamento de R$ 5 milhões (metade do valor para cada réu) por danos sociais e morais coletivos, a serem revertidos em favor de projetos sociais destinados à região do arquipélago.

O MPF também apontou que os supostos crimes tinham relação com a campanha eleitoral do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

O discurso foi utilizado para justificar o que seria “maior programa de desenvolvimento regional na Ilha do Marajó”. Damares Alves se referia ao programa cancelado “Abrace o Marajó“.

Após a repercussão negativa das declarações, a senadora Damares Alves admitiu que não havia provas concretas para sustentar suas alegações e que seus relatos se baseavam em “conversas de rua”.

(Com Agência Globo)