Proximidade com Lula tornou presidente do Senado adversário de Bolsonaro

BRASÍLIA – AGENCIA CONGRESSO – O presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP/AL) não, mas o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-AL), também seria preso caso o golpe de Estado bolsonarista tivesse dado certo.

O atentado contra o estado democrático de direito, e à vontade expressa pelo povo nas urnas que reelegeu Lula presidente – por pouco não deu certo. Até uma minuta foi redigida a várias mãos.

Como parte da Operação Tempus Veritatis, a Polícia Federal identificou uma minuta golpista que queria executar um golpe de Estado e prender os ministros do Supremo Tribunal Federal, como Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco.

As informações constam na decisão do ministro Alexandre de Moraes na autorização da operação da PF, realizada na manhã desta quinta-feira (8/2), como parte da investigação contra a organização criminosa que atuou na tentativa de golpe de Estado durante as eleições presidenciais de 2022.

“Os elementos informativos colhidos revelaram que JAIR BOLSONARO recebeu uma minuta de Decreto apresentado por FILIPE MARTINS e AMAURI FERES SAAD para executar um Golpe de Estado, detalhando supostas interferências do Poder Judiciário no Poder Executivo e ao final decretava a prisão de diversas autoridades, entre as quais os ministros do Supremo Tribunal Federal, ALEXANDRE DE MORAES e GILMAR MENDES, além do Presidente do Senado RODRIGO PACHECO e por fim determinava a realização de novas eleições”, diz o texto da decisão.

O documento revela ainda que posteriormente foram realizadas mudanças no pedido, permanecendo a determinação da prisão de Moraes e a realização de novas eleições. “Nesse sentido, era relevante para os investigados monitorarem o Ministro ALEXANDRE DE MORAES para executarem a pretendida ordem de prisão, em caso de consumação do golpe de Estado”, afirma outro trecho.