BRASÍLIA – AGENCIA CONGRESSO – “Não é hora de decidir isso. O momento é de pandemia, crise sanitária. Nem sabemos como vai ser o dia de amanhã. Debater isso agora seria uma insanidade”.
As declarações são de um ex-pré-candidato a prefeito de Vitória e aliado do presidente Jair Bolsonaro na Bancada capixaba. Mesmo que quisesse ele não poderia concorrer porque não transferiu seu domicílio eleitoral para a capital. O deputado Evair Melo (PP) é também vice líder do governo na Câmara.
Ele explica que no momento sua atenção está voltada sua para ajudar os municípios do ES a vencer a crise de coronavírus. O presidente regional do PP, Marcus Vicente, disse para a Agência Congresso que há mais de 60 dias Evair comunicou ao partido que não seria candidato a prefeito de Vitória.
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Apoio a tucano
“Em Vitória vamos lançar apenas candidatos a vereador. Mas se Luiz Paulo Velozzo Lucas (ex-prefeito) resolver suas pendências na Justiça eleitoral será nosso candidato”, disse Vicente. Luiz Paulo está no PSDB e responde a processo por improbidade administrativa. Ele foi prefeito por oito anos da capital.
“Na Serra também teremos candidato próprio, Luciana Malini. O deputado Evair alegou que familiares e amigos não teriam dado apoio à sua candidatura em Vitória”, concluiu Vicente que é Secretário de Desenvolvimento Urbano do governo Casagrande.
Amaro deve desistir
Outro deputado federal que também deve desistir da disputa municipal é Amaro Neto (PRB), o mais votado do ES para a Câmara Federal com mais de 178 mil votos. O segundo mais votado Felipe Rigoni (PSB) obteve 83 mil votos. O lucro do PRB com Neto foi gordo.
Mas o cenário de 2018 mudou muito. Pesquisas internas de partidos mostram que na eleição municipal – ao contrário da eleição geral – o eleitor votará mais em que conhece e não arriscará em desconhecidos, o que em tese daria mais chances a nomes já testados.
Amaro transferiu seu domicilio para poder concorrer na Serra após reconhecer que em Vitória seria rejeitado pelos eleitores ricos, como ocorreu em 2016. A votação bairro a bairro em Vitória mostrou que Luciano Rezende ganhou mais votos nas regiões mais ricas da cidade, enquanto Amaro Neto nas regiões mais populares.
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Para não morrer na praia, de novo, Amaro teria migrado para Serra. Mas suas últimas avaliações apontam o Senado como projeto para 2022, atuando na campanha deste ano apenas como cabo eleitoral.
Via assessoria o deputado informou para o site AGC que “não há martelo batido ainda. Está muito envolvido com as atividades da Câmara, mas sobre candidatura ainda não resolveu”.