Dos dez deputados do ES, apenas 5 foram reeleitos. Mas 7 são bolsonaristas.

BRASÍLIA – AGENCIA CONGRESSO – De maioria bolsonarista, a bancada capixaba no Congresso Nacional ficou acuada diante dos ataques terroristas praticados por seguidores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ao coração do poder democrático do país.

A destruição das sedes dos Três Poderes da República teve inclusive a participação de capixabas, alguns já identificados e presos, que chegaram de ônibus, dia sete a Brasília, e ficaram acampados em frente ao Comando do Exército.

SILÊNCIO

Dos dez deputados do ES, sete são bolsonaristas, Evair Melo (PP), que foi seu vice líder, Josias da Vitória (PP), coordenador da bancada, e Amaro Neto, do Republicano, partido da Igreja Universal que apoia Bolsonaro.

E os deputados derrotados em outubro – mas ainda no exercício do  mandato até 31 de janeiro -, Soraya Manato (PTB), Neucimar Fraga (PP), Norma Ayub (PP), e Lauriete Almeida (PSC).

Só eram contra o governo do PL o deputado petista Helder Salomão, Felipe Rigoni (União), e Ted Conti (PSB), que saiu do mandato após o retorno do titular, Paulo Foletto (PSB).

Poucos foram as redes sociais condenar os ataques. Outros só falaram após terem sido provocados pela imprensa. Ex-vice líder do governo na Câmara, Evair Mello (PP), disse que sua posição estava expressa em duas notas, uma do seu partido, outra da Frente Parlamentar da Agricultura (FPA), que ele integra. As duas notas condenaram os ataques.

“A FPA como defensora do desenvolvimento do setor agropecuário brasileiro e do país como um todo, assim como o setor, representado por suas entidades, não compactuam ou têm participação nos atos antidemocráticos acontecidos na Capital Federal. Assim, é importante esclarecer que a FPA e os representantes do agro prezam pela democracia e se posicionam contra quaisquer atos que gerem prejuízos aos país”.

Coordenador da bancada, Da Vitória Da Vitória (PP), avaliou para A Gazeta ” que toda a manifestação pacífica, independente de posição, é democrática e precisa ser respeitada, o que não pode ser aceito são atos de depredação aos prédios públicos, e a agressão de membros das forças policiais, fatos que precisam ser investigados’.

Felipe Rigoni tuitou: ‘A invasão dos Três Poderes é inaceitável e antidemocrática. Não podemos validar atos como esse. Qualquer tipo de ação neste sentido é criminosa e deve ser punida com rigor. Os responsáveis precisam ser presos’.

Neucimar Fraga condenou o ataque: “Todo ato de manifestação é constitucional. Agora, todo ato de violência contra pessoas e depredação do patrimônio público e impedimento do direito de ir e vir tem que ser combatido pelas autoridades. Acredito que o que aconteceu ontem em Brasília, atos de vandalismos, de depredação de patrimônio público, violência contra a polícia, tem que identificar quem cometeu tais atos e puni-los conforme rigor da lei”, declarou.

SENADO

Entre os três senadores, apenas Rose de Freitas (MDB) e Fabiano Contarato (PT) criticaram os ataques. Marcos do Val (Podemos) ficou em cima do muro. Condenou os ataques mas ficou procurando culpados dentro do próprio governo Lula.

Para a senadora Rose de Freitas (MDB),que se encontra em Brasília, a falha na segurança não foi apenas do governo do Distrito Federal, mas também dos ministros da área de segurança do governo federal.