Ministra da Mulher, Damares Alves

BRASÍLIA- AGENCIA CONGRESSO – O blogueiro bolsonarista Oswaldo Eustáquio, investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no inquérito dos atos antidemocráticos , disse ter se tornado alvo da ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves , após denunciar corrupção na pasta e uma possível traição.

O homem disse que a chefe da pasta ameaçava demitir sua esposa constantemente de uma das principais decretarias do ministério e, de acordo com ele, essa situação começou após ele denunciar corrupção dentro da pasta e um suposto caso que Damares teria com um homem casado.

Em fevereiro de 2020, Eustáquio afirma ter denunciado à própria ministra três servidores do seu gabinete por “fortes indícios de fraude” em contratos de informática, enquanto ainda trabalhavam no Ministério da Cidadania.

Uma semana depois, a notícia teve repercussão na imprensa e Damares teria demitido um deles. “Ela não me deu bola”, disse ele ao portal.

O blogueiro também acusa a ministra de enviar um assessor à casa dele para ameaçá-lo e impedir que ele denunciasse Luiz Henrique Mandetta quando ainda assumia a pasta da Saúde.

Além disso, o homem também alega que Damares manteve um relacionamento extraconjugal com o pastor Humberto Lúcio Lima por cinco anos, que tinha uma filha trabalhando na Secretaria de Igualdade Racial.

Ele afirma ter enviado uma carta a pastores pedindo que eles ajudassem  Damares a “resolver o problema”, em relação à traição, e também pediu para que eles não divulgassem o caso.

Prisão “armada”

Eustáquio também acredita que sua prisão foi uma “armação” de Damares. De acordo com ele, no ano passado, ele se reuniu com ela dentro do ministério para denunciar supostas violações dos direitos humanos, descumprindo a ordem de prisão domiciliar que Eustáquio cumpria.

Horas antes da reunião, ele alega ter recebido um documento que autorizava sua saída, mas o chefe de gabinete de Damares encaminhou um ofício ao ministro do STF Alexandre de Moraes alertando sobre um “provável descumprimento de decisão judicial”.

Três dias depois, uma nova ordem de prisão foi decretada por Moraes. “Foi uma armação. E foi, possivelmente, porque Damares já sabia que eu tinha informação sobre o relacionamento extraconjugal dela e porque ela sabia que eu iria confrontá-la sobre isso”, afirmou.

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