BRASÍLIA – AGENCIA CONGRESSO – O presidente Temer venceu mais uma batalha no Congresso. Rejeitou com folga a denúncia feita contra ele pela Procuradoria Geral da República. Um resultado contrário poderia implicar no seu afastamento da Presidência da República.

O governo jogou pesado, liberando emendas parlamentares e oferecendo cargos aos deputados. Mesmo assim teve menos voto do que o esperado. Até início da votação o presidente ainda ligava para deputados, como Norma Ayub (DEM-ES).

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Ao aprovar o  relatório da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), de autoria do deputado Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG), que recomendava a rejeição da denúncia da Procuradoria Geral da República por crime de corrupção passiva contra o presidente Temer, a Câmara encerrou o caso.

Oito dos dez deputados do ES votaram contra o presidente. Apenas os deputados Lelo Coimbra (PMDB) e Marcus Vicente (PP) apoiaram o governo, o que os fortalece junto ao Planalto.

No final da votação o deputado Givaldo Vieira (PT) abraçou a deputada Norma Ayub (DEM). Ambos votaram contra Temer. O deputado Evair Melo (PV) também surpreendeu ao votar contra o relatório.

Agora, Temer responderá no STF somente após a conclusão do mandato, em 31 de dezembro de 2018. O procurador-geral Rodrigo Janot, porém, poderá apresentar outra denúncia contra Temer, por organização criminosa e obstrução de justiça.

A acusação de Janot se baseia nas investigações abertas a partir das delações de executivos da empresa JBS no âmbito da Operação Lava Jato. Em abril deste ano, o ex-deputado e ex-assessor do presidente Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) foi filmado, saindo de um restaurante em São Paulo, com uma mala contendo R$ 500 mil. Segundo a PGR, o dinheiro era parte de propina e destinava-se a Temer. A defesa do presidente nega.