BRASÍLIA – AGÊNCIA CONGRESSO – O Plenário do Senado aprovou o projeto de lei que define toda a extensão do imóvel rural como residência ou domicílio, permitindo que o proprietário ande armado por toda área rural.
A matéria foi aprovada na última quarta-feira (26) na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ do Senado) e foi enviada ao Plenário em caráter de urgência. O senador Fabiano Contarato (REDE-ES) votou favorável na CCJ.
Apesar de ter votado contra o decreto de armas de Bolsonaro, semana passada, Contarato disse à Agência Congresso que foi feito um acordo entre os líderes para que o projeto fosse aprovado.
Por isso votou a favor. O ex-delegado de polícia disse, porém, que é contra mais armas, e que, deveríamos ter a posse da arma apenas em casa.
“O projeto flexibiliza as regras atuais. Penso que mais armas não significa que a população estará mais segura e, de outro lado, poderemos ter o efeito contrário: mais violência”, disse o senador.
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O senador Marcos do Val (Cidadania-ES), que foi um defensor ferrenho do decreto de armas derrubado pelo Senado, diz que essa é uma pauta que todo mundo concorda inclusive os parlamentares contrários ao governo Bolsonaro.
“É notório que a polícia não consegue estar em regiões isoladas em sítios e fazendas e qualquer crime que possa ser cometido a polícia não vai chegar a tempo, até os contrários ao Governo Federal concordam que é necessário a posse “
“As pessoas terem essas armas para proteger não só as suas residências, mas também toda a área rural, eu sou favorável exatamente por isso, porque não tem condições da polícia chegar a tempo”, disse para a Agência Congresso.
Na mesma sessão, o Plenário aprovou, com 38 votos favoráveis, 4 contrários e 2 abstenções, o projeto de lei que permite que residentes em áreas rurais, maiores de 21 nos, comprem arma de fogo.
As duas matérias seguem agora para a análise na Câmara dos Deputados.
Tentamos contato com a senadora Rose de Freitas (PODE-ES) pela assessoria de imprensa, mas não obtivemos resposta.