Lavando às mãos: Senado pode deixar de votar dentro do prazo

BRASÍLIA – AGENCIA CONGRESSO –  Senadores governistas e da oposição criticam a volta das coligações proporcionais, em consonância com o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), e sinalizam que votarão contra a medida.

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) foi aprovada em primeiro turno pela Câmara na semana passada e a votação em segundo turno está marcada para essa semana..

Para valer nas eleições do ano que vem, o texto precisa ser chancelado pelo Senado até outubro. A disposição dos senadores em não dar seguimento à medida promete ser mais uma fonte de atrito entre as duas Casas.

Derrubada pelo Congresso em 2017, a coligação proporcional permite, em sistema de aliança partidária, que candidatos menos votados, e muitas vezes sem afinidade ideológica, se elejam na esteira dos votos computados pelo conjunto de legendas que integram o bloco.

Ao acabar com essa possibilidade, o objetivo dos parlamentares foi, junto com a aprovação da cláusula de barreira, reduzir o número de partidos, sobretudo os de aluguel.

Líder do PSDB no Senado, Izalci Lucas (DF) afirma que o apoio à volta das coligações proporcionais na Câmara não encontra eco no Senado.

Na semana passada, o presidente do Senado disse considerar a retomada das coligações proporcionais um “retrocesso”.

Líder do PT, o senador Paulo Rocha (PA) disse que o partido está unificado, no Senado, contra a medida. (Com Agência Globo).

Bancada reunida em Brasília com Casagrande

BANCADA CAPIXABA

Do ES até agora só o senador Fabiano Contarato (REDE) se manifestou contra a volta da coligação. A senadora Rose de Freitas (MDB) também disse não apoiar.

Já na Câmara só três dos dez deputados do ES votaram contra a proposta, Da Vitória (Cidadania), Felipe Rigoni ( sem partido) e Neucimar Fraga (PSD).

Os demais sete deputados, Soraya (PSL), Lauriete (PL), Ted Conti,(PSB) Evair Melo (PP), Helder Salomão (PT), Norma Ayub (DEM) e Amaro Neto (PRB) votaram a favor.

Em tese, desse grupo de sete somente Amaro Neto não precisaria da coligação para se reeleger. Ele foi o mais votado na última eleição.

Todos os demais sim, principalmente Evair Melo, que obteve a menor votação dos dez, na eleição de 2018, confira:

VOTAÇÃO DE CADA UM EM 2018

  • Amaro Neto (PRB): 181.813 votos
  • Felipe Rigoni (PSB): 84.405 votos
  • Da Vitória (PPS): 74.787 votos
  • Helder Salomão (PT): 73.384 votos
  • Sergio Vidigal (PDT): 73.030 votos
  • Dra. Soraya Manato (PSL): 57.741 votos
  • Norma Ayub (DEM): 57.156 votos
  • Foletto (PSB): 55.957 votos
  • Lauriete (PR): 51.983 votos
  • Evair de Melo (PP): 48.412 votos
  • Ted Conti (PSB) assumiu na vaga de Foletto