Na Contramão: Maia vai apoiar candidato contra Bolsonaro

BRASÍLIA – AGENCIA CONGRESSO – “Não é fácil formar um partido hoje em dia. A gente está tentando, mas se não conseguir, a gente em março vai ter uma nova opção, tá ok?”.

Essa declaração foi feita ontem pelo presidente Jair Bolsonaro ao responder a uma apoiadora do Paraná, que queria saber sobre a criação do partido Aliança pelo Brasil.

O plano B do presidente, segundo seus principais apoiadores no Planalto, é se filiar ao Progressistas para disputar a reeleição em 2022. O PP vai tentar eleger – com apoio de Bolsonaro – o próximo presidente da Câmara Federal, deputado Arthur Lyra (PP-AL).

Bolsonaro explicou que caso a Aliança não deslanche – o que é mais provável – em março ele poderá ter uma nova opção dando a entender que cogita se filiar a um outro partido.

Pandemia

Os apoiadores de Bolsonaro estão longe de atender aos requisitos dono Tribunal Superior Eleitoral (TSE). São necessárias 492 mil assinaturas para que um partido seja criado, no entanto, até novembro, a sigla conseguiu reunir apenas 42,789 mil rubricas válidas, ou seja, perto de 9% do mínimo almejado.

A intenção era de que a sigla deslanchasse ainda para as eleições municipais, o que não se concretizou. Na visão otimista de um dos dirigentes, espera-se que agora as assinaturas necessárias sejam entregues até o final de janeiro e que o partido esteja pronto para a reeleição em 2022.

Se o presidente realmente se filiar ao PP, vai fortalecer a posição de um dos seus vice líderes na Câmara, o capixaba Evair Melo (PP). E saem perdendo políticos do ES que apoiam Bolsonaro como a deputada Soraya Manato (PSL) e o ex-senador Magno Malta.

COM INFORMAÇÕES DO UOL