BRASÍLIA – AGENCIA CONGRESSO – A suspensão da filiação de Jair Bolsonaro, marcada inicialmente para dia 22 deste mês, é provável que nunca mais aconteça.

Tanto o presidente da República, quanto o presidente nacional do PL, ex-deputado Valdemar Costa Neto, romperam por telefone com xingamentos do tipo ‘vtnc’.

Bolsonaro teria mandado Costa Neto tomar ‘nc’ em mensagens trocadas por whatsapp. E Costa devolveu e ainda sugeriu que ele fosse junto com os filhos.

O conflito entre o chefe do Executivo e o dirigente partidário ocorreu porque em SP o PL apoia o candidato de Dória.

Segundo o site O Antagonista, a conversa terminou com insultos entre os dois, até o tradicional — e baixo — “VTNC você e seus filhos”, uma abreviação de quando alguém manda outra pessoa para “aquele lugar”, escrito por Costa Neto.

No entanto, Bolsonaro teria disparado o xingamento antes ao presidente do PL.

A motivação da briga foi um impasse entre Valdemar e Bolsonaro sobre o controle do diretório do PL em São Paulo.

O chefe do Executivo queria que o filho Eduardo Bolsonaro, deputado federal (PSL-RJ), fosse o cabeça da sigla no estado, o que foi negado por Costa Neto.

Bolsonaro, então, reagiu com fúria, mas não intimidou Valdemar, que rebateu: “você pode ser presidente da República, mas quem manda no PL sou eu”.

Foi nesse momento que o presidente da República mandou o cacique do Centrão para aquele lugar e recebeu o xingamento de volta, com a extensão para os filhos.

Bolsonaro estava em Dubai acompanhado de vários ministros e mais de 20 deputados federais, entre eles dois capixabas. O bate boca vazou.

No maior colégio eleitoral do País, o PL quer apoiar a candidatura do vice-governador Rodrigo Garcia (PSDB) ao Palácio dos Bandeirantes.

Já Bolsonaro quer ter um palanque só seu e não aceita apoiar um apadrinhado do governador João Doria (PSDB-SP), seu adversário.

O presidente deseja que o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, dispute a sucessão de Doria.

Na tentativa de um acordo, a cúpula do PL sugeriu Tarcísio como candidato ao Senado por Goiás. O que não agradou aos bolsonaristas, que vetam qualquer aliança com o grupo de Doria.

*Com informações da Agência Estado e Correio B)