BRASÍLIA – AGENCIA CONGRESSO – A alta rejeição dos principais apoiadores de Jair Bolsonaro no ES, ex-senador Magno malta e ex-deputado Carlos Manato, prejudica o projeto de reeleição do presidente.

Pesquisas mostram que o presidente está perdendo a eleição no Espírito Santo, depois de ter vencido em 2018. Esse dado ascendeu uma luz de alerta no comando da campanha.

A solução seria unir os palanques bolsonaristas no ES. O deputado Erick Musso tem menor rejeição que o ex-deputado Carlos Manato.

“A leitura que se faz é que os dois, Magno e Manato, tem mais a receber do que a entregar para o projeto de reeleição”, disse um deputado da base de apoio do governo.

O Planalto, no entanto, não tem o ES como prioridade. Prefere resolver primeiro problemas no Nordeste e São Paulo. Mas PRB, PL e PP estão conversando para que as decisões sejam conjuntas.

Outro problema

A lançamento da pré-candidatura da ex-ministra Damares Alves (Republicanos) ao Senado Federal pelo DF, embolou o meio-campo na disputa pela vaga.

Até a chegada de Damares, a única candidata do governo ao Senado no Distrito Federal era a também ex-ministra da Secretaria de Governo Flávia Arruda, do PL.

Aliados de Flávia relatam que o movimento irritou não só a ex-ministra, mas também o presidente do PL Valdemar da Costa Neto, conforme noticiado no blog da colunista Malu Gaspar.

Lideranças do alto escalão do PL disseram que Damares foi “usada” por comandantes republicanos para pressionar Bolsonaro e Valdemar Costa Neto a incluir um quadro do partido na primeira suplência de Flávia.

Suplente profissional

Esse quadro é velho conhecido dos capixabas. O empresário paulista Luiz Pastore transferiu seu domicílio eleitoral para Brasília. Ele é suplente da senadora Rose de Freitas e foi suplente também do ex-senador Gerson Camata. E faz gordas doações às campanhas.

“A primeira suplência da Flávia é a mais cobiçada do Brasil”, disse um dos aliados do PL. A razão para isso é que, se Bolsonaro for reeleito, o retorno de Flávia Arruda à esplanada dos Ministérios é dado como certo.

Isso abriria caminho para a posse do suplente. A própria filiação de Damares e do ex-ministro da Infraestrutura Tarcisio Freitas à sigla já visava apaziguar o descontentamento de PRB com o espaço da legenda no escalão de frente da campanha de reeleição de Bolsonaro.

(Com Agências)

 

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