BRASÍLIA – As matérias sobre o inquérito dos portos e que apontam indícios de que o presidente Michel Temer recebeu propina quando era deputado federal, estão sendo apresentadas diariamente pela TV Globo.
Elas, as reportagens veiculadas nos três telejornais, segundo parlamentares governistas, visam derrubar o presidente e ajudar a candidatura do deputado carioca Rodrigo Maia (DEM), que constitucionalmente é o vice presidente da República. Maia é presidente da Câmara.
O ministro Carlos Marun -MDB – (Secretaria de Governo) comentou com vários deputados do partido que Temer chegou a se reunir com João Roberto Marinho, em São Paulo. “Mas a campanha não parou”, disse um parlamentar capixaba. Hoje o governo divulgou a seguinte nota:
Nota à imprensa
A investigação da Polícia Federal sobre o suposto benefício do presidente Michel Temer ao grupo empresarial Rodrimar entrou no terreno da ficção policial. Isso porque, na verdade, o decreto dos portos não trouxe nada em favor da empresa. Sem fatos novos ou provas, delegado tenta reabrir investigação já arquivada duas vezes pela Justiça por falta de provas. Usa agora planilha encontrada nesses arquivos. E com base neste documento produz um fantasioso cenário de reconstrução arqueológica, mas está alimentando apenas uma imensa farsa. Tal planilha já foi renegada pela pessoa que acabou, involuntariamente, anexando esse papel, sem origem e sem autor, a processo de separação. “Para não deixar dúvida em relação ao histórico contido na peça inicial daquela ação, a qual eu não subscrevi, esclareço que os documentos mencionados nela não foram tirados do computador pessoal de meu ex-namorado, o senhor Marcelo Azeredo, mas sim chegaram-me às mãos anonimamente, em envelope fechado, sem identificação do remetente. Entreguei os tais documentos aos meus ex-advogados para simples análise e não para serem utilizados, já que não tinha certeza nenhuma da verdade do seu conteúdo e da sua origem”, escreveu Érika Santos em 2001, em documento oficialmente anexado ao inquérito. Passados 17 anos, ela concedeu entrevista à revista Veja. E disse o seguinte: “Veja – Depois de entregar a planilha à Justiça, a senhora acabou fazendo um acordo extrajudicial com seu ex-marido e desistiu do processo. Quais foram os termos do acordo? ES – Não fui eu que entreguei aquela planilha. Veja – Os seus advogados daquela época disseram que foi a senhora que entregou a planilha… ES – Imagina, eu não estava no Brasil. Eu estava em Los Angeles. Esse advogado entregou esse material sem a minha assinatura. Por isso é que, depois, retirei a ação. Eu não sei onde ele arrumou aqueles documentos. Alguém deve ter pago a ele. Não fui eu. Ele que montou um monte de documentos. Ele fez uma ação para me incriminar. Só me prejudicou”. Nada mais precisa ser dito sobre esse escândalo digno do Projac, a maior fábrica de ficções do país. Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da República
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