BRASÍLIA – O PSL do Espírito Santo foi incluído no pedido de auditoria feito por advogados do presidente Jair Bolsonaro que cobra transparência nos gastos dos recursos públicos do seu partido.

Alvo de um pedido de auditoria por parte do presidente, o PSL acumula dívidas  com a União relacionadas aos seus diretórios regionais. O valor chega a R$ 5,9 milhões.

A maior parte (86%) diz respeito a multas eleitorais, aplicadas por irregularidades envolvendo gastos em campanhas de candidatos do partido. Dirigentes da sigla atribuem os débitos a gestões anteriores.

Grana– Para o PSL nacional são previstos R$ 359 milhões dos fundos Partidário e Eleitoral. É a maior quantia entre todos os partidos, maior até que a prevista para o PT – R$ 350 milhões.

O total a ser gasto em 2020 vai ser dividido entre as unidades da federação considerando o número de deputados federais de cada estado.

5 milhões – Para o ES, de acordo com dirigentes partidários, devem ser repassados no mínimo R$ 5 milhões.

Problemas na contabilidade foram usados por interlocutores de Bolsonaro para justificar o pedido de auditoria externa nas contas do partido no Pará, Alagoas, Amazônia, Amapá e Espírito Santo.

Por meio de advogados, o pedido de esclarecimento foi enviado ao deputado federal e presidente nacional da sigla Luciano Bivar, dia 11 de outubro, mas ele não respondeu. ES, AL, PA, AM e AP foram nominalmente citados.

Todos os últimos três presidentes do PSL no ES garantem que não pouparam esforços para regularizar as contas. O principal prejuízo da falta de prestação é ficar sem dinheiro público.

Agora, o interesse na regularização não é só ficar quite com as autoridades. O fato de o partido ter virado a maior bancada da Câmara dos Deputados, pela onda do bolsonarismo, faz com que o Fundo Partidário seja atrativo.

Manato explorou imagem de Bolsonaro em 2018 para eleger a mulher, Soraya, que agora está contra o presidente.

Atual presidente do PSL no Estado e candidato derrotado ao governo do ES, Carlos Manato (exonerado da Casa Civil em junho), atribuiu a gestões passadas os problemas no partido que ele preside há mais de um ano.

Em junho o ex-deputado foi demitido sumariamente da Casa Civil.

Com informações de Agência Folha Press e A Gazeta/ES