BRASÍLIA – Em 1988, Márcio França tinha acabado de se filiar ao PSB quando foi passear em Campos do Jordão com a mulher e seu filho Caio, que acabara de nascer.
Ao visitar o Palácio de Governo, residência de férias dos governadores de São Paulo, local que virou ponto turístico, deixou anotado no caderno de visitas: “Só volto aqui quando for governador”. Na ocasião, ele tinha 25 anos.
No ano seguinte, quando o Brasil viveu a primeira eleição presidencial após a redemocratização, ele foi eleito vereador em São Vicente, aos 26 anos.
Natural de Santos, Márcio França começou sua carreira no movimento estudantil durante o curso de Direito, quando foi presidente do Diretório Acadêmico e da Junta Governativa do Diretório Central dos Estudantes da Universidade Católica de Santos.
Apesar da origem de esquerda, França se aproximou do então governador Mário Covas, que também é da região, e, em 1997, com apoio dele, tornou-se prefeito de São Vicente.
Em 2006, foi eleito pela primeira vez deputado federal e, logo em seguida, assumiu a liderança do PSB na Câmara dos Deputados.
Esteve ao lado de Lula e Dilma Rousseff nas gestões petistas, mas sem deixar de apoiar os tucanos em São Paulo. “Os petistas acham que sou tucano, os tucanos, petista. Não sou nenhum nem outro”, diz.
Atual vice governador de São Paulo, o socialista deve assumir o governo em março quando o titular se desincompatibilizar para disputar a presidência da República.
Com informações do JBR