ROSE DE FREITAS ESPERA QUE O NOVO TITULAR DO ITAMARATY ABRA PORTAS DO PAÍS PARA AS VACINAS

BRASÍLIA – AGENCIA CONRESSO – Para a senadora Rose de Freitas (MDB), as políticas equivocadas do Itamaraty durante a pandemia, condenaram milhares de brasileiros à morte.

Com a reforma ministerial anunciada hoje, ela espera que a postura do Ministério da Saúde e do Itamaraty mudem:

“Se ele ( novo titular do Itamaraty) não se submeter a ideologia do Bolsonaro poderá com ética e objetivos claros correr atrás do prejuízo abrindo portas”, disse em entrevista a AGENCIA CONGRESSO.

Sobre o Ministério da Saúde, ela espera que a determinação do novo ministro da Saúde de comprar vacinas onde elas existirem, possa mudar o quadro atual.

E que o novo ministro das relações internacionais supere as dificuldades no cenário externo geradas por políticas equivocadas e desrespeitosas que condenaram milhares de pessoas à morte por falta de uma vacina oportuna que poderiam ter sido salvas”, completou.

MUDANÇAS

Pressionado pelos números da tragédia, mais de 300 mil mortos, o  presidente Jair Bolsonaro fez seis mudanças no primeiro escalão.

Mas a dança das cadeiras não se limitou a tirar o ministro Ernesto Araújo do Itamaraty. Ele vinha sendo criticado pelo Senado por não abrir as portas do país para compra de vacinas.

O substituto será o embaixador Carlos Alberto Franco França, que atuava no cerimonial do Itamaraty.

O ministro da Defesa, general Azevedo e Silva também deixou o cargo, mas por livre e espontânea vontade: ‘Nesse período, preservei as Forças Armadas como instituições de Estado’, afirmou.

Para a vaga dele vai o general Walter Souza Braga Netto, atual chefe da Casa Civil, alinhado politicamente com Bolsonaro, ao contrário de Azevedo e Silva, que manteve as forças armas distante do governo.

André Mendonça que era ministro apagado da Justiça, volta à AGU e o delegado da Polícia Federal Anderson Torres, atual secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, assume a pasta da Justiça.

Marionete – Na Secretaria de Governo passará a ocupar o cargo a deputada federal Flávia Arruda (PL-DF), em substituição ao general Luiz Eduardo Ramos. Mas ela certamente vai seguir as orientações políticas do presidente da Câmara, Arthur Lira, pai da indicação.

Com 41 anos, Flávia cumpre seu primeiro mandato. É indicação do Centrão para o Planalto.

Mulher do ex-governador José Roberto Arruda, do DF, ela foi candidata porque o marido estava inelegível por ter sido preso por corrupção.