O relatório foi apresentado nesta segunda pelo deputado Rigoni aos líderes da Câmara. Texto sugere sete pilares de mudanças

BRASÍLIA – AGENCIA CONGRESSO – O deputado federal Felipe Rigoni não pretende assinar o pedido de impeachment feito por seu partido, o PSB, contra o presidente Jair Bolsonaro.

Ele informou por sua assessoria que todos os deputados do PSB foram consultados sobre o pedido, acredita que a ação é coerente com as propostas do partido, mas não o subscreverá.

Rigoni acha que o momento para o pedido, é inoportuno: “Há elementos para o impeachment, mas o timing na política é tão importante quanto a ação em si”.

Para o deputado, o relógio está contra o presidente. “Ele está se enfraquecendo no cargo pelas próprias ações equivocadas”, completa.

Retaliação

Outro deputado da bancada do PSB na Câmara, Ted Cont, foi procurado mas não respondeu ao site até o fechamento da matéria.

Existe a possibilidade dos estados governados pelo PSB, como o Espírito Santo, serem retaliados pelo governo federal devido ao pedido de impeachmnt.

Controle da PF

Sexta-feira passada o Partido Socialista Brasileiro (PSB) informou que pediria impeachment do presidente Jair Bolsonaro. A decisão foi tomada após denúncias feitas pelo agora ex-ministro da Justiça Sergio Moro durante anúncio de sua demissão.

O pedido está sendo baseado na revelação de que Bolsonaro tenta interferir na Polícia Federal e no Ministério da Justiça para proteger seus filhos.

Além desse pedido do PSB, existem outros 25 aguardando deliberação do presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM), que declarou hoje, que não é o momento de tratar desse assunto.

Maia disse que o foco agora deve ser na pandemia de Covid-19 que já matou mais de quatro mil brasileiros em menos de dois meses de crise.