BRASÍLIA – AGENCIA CONGRESSO – Dos dez deputados federais do ES metade da bancada comentou a prisão do ex-ministro-chefe da Casa Civil do Governo Temer, Geddel Vieira Lima, por obstrução à Justiça que investiga fraudes na Caixa Econômica Federal.
Geddel foi vice-presidente da Caixa para os negócios de “pessoa jurídica” entre março de 2011 até dezembro de 2013.
O político baiano foi preso preventivamente – quando não há prazo para a soltura – nesta segunda-feira (03) em Salvador por decisão do juiz Vallisney de Souza.
Na sentença que autorizou a prisão de Geddel, o juiz aceitou as argumentações do Ministério Público Federal (MPF) que afirma que o ex-ministro vem tentando atrapalhar a delação premiada de Lúcio Funaro.
Funaro seria segundo o MPF operador do esquema que desviou recursos do FI-FGTS para pagamento de propinas.
Deputados falam
O deputado Carlos Manato falou que é “favorável que todas as pessoas que tem problemas na justiça paguem”.
Perguntado se a prisão de Geddel pode influenciar na decisão dos deputados em aceitar a denúncia contra o presidente Michel Temer que foi apresentada pela Procuradoria Geral da República, ele disse que não.
“A decisão de prender (Geddel) não influencia em nada na Câmara”, Agora a decisão de votar sim ou não, vou conversar com o partido. O meu voto é de manter o processo (contra Temer). Mas o meu será o que o partido decidir”, complementou.
Já o deputado Jorge Silva (PHS) falou que a prisão de Geddel pode, sim, influenciar na decisão da Câmara em permitir que o Supremo Tribunal Federal (STF) possa julgá-lo.
Na oportunidade, ele anunciou que votará pela aceitação da denúncia contra o presidente Temer.
“Acredito que qualquer fato novo que venha a acontecer neste período pré-votação da denúncia contra o Temer, é passível de influenciar a decisão de alguns deputados”, comentou.
A deputada Norma Ayub (DEM) que ainda não tem posição firmada sobre a denúncia disse ser “favorável a qualquer ação policial executada na forma da lei” para garantir o cumprimento das decisões judiciais.
Para o deputado Lelo Coimbra (PMDB) que também exerce a função de líder da maioria afirmou que a prisão de Geddel “é um fato ruim, mas de menor impacto, pelo que estou ouvindo”.
Por sua vez, o deputado Hélder Salomão (PT) afirmou que “a prisão de Geddel que tentar manter Eduardo Cunha calado é só mais uma prova do que esse governo, fruto de um golpe parlamentar, é capaz”.
“O Brasil não suporta mais ser governado por um presidente ilegítimo que tem como seu principal objetivo retirar direitos do povo. Nas ruas a população nos cobra a todo instante a saída de Temer e sua turma”, completou.
Por Humberto Azevedo