BRASÍLIA -AGÊNCIA CONGRESSO – As eleições municipais começam a emitir sinais para 2026. E as previsões não são boas para a esquerda.
O primeiro indicativo que se tira é de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, se quiser tentar um quarto mandato precisará novamente recorrer a uma ampla aliança partidária, como fez em 2022.
A exemplo de 2020, o PT enfrenta dificuldades nas disputas regionais. E isso terá reflexos na próxima disputa majoritária. Analistas evocam o antipetismo como uma das razões para explicar o encolhimento do partido nas urnas.
De fato, os números das pesquisas eleitorais reforçam essa perspectiva. Mas é preciso sublinhar, ainda, a dificuldade do PT em renovar seus quadros.
Lula ainda é a maior força política da legenda — na verdade, ele transcende o petismo —, mas não pode fazer verão sozinho.
No campo da direita, observa-se que o bolsonarismo ganhou novos matizes.
Se antes os defensores da pauta conservadora orbitavam em torno da figura do ex-presidente, atualmente, é possível diferenciar políticos mais ou menos próximos da constelação bolsonarista.
Bolsonaro fez questão, inclusive, de se diferenciar de novos fenômenos, como Pablo Marçal. (Com O Globo)
VITÓRIA
A capital do ES é um exemplo. O PSOL saiu com uma candidata, Camila Valadão, e o PSDB com outro, Luiz Paulo, além do PT com João Coser.
Os três nomes no arco de alianças do governo socialista de Renato Casagrande (PSB) só teriam chances unidos.
Enquanto eles se dividem, a direita se mantém unida. E com o agravante do atual prefeito estar disputando a reeleição com o poder da máquina municipal.
A candidatura do capitão Assunção (PL) não oferece riscos a Pazolini. Na verdade o capitão faz campanha sua reeleição para Assembleia em 2026.
Tudo indica que o prefeito Pazolini (Republicanos- PP) irá se reeleger, talvez no primeiro turno.
A esquerda dividida vai amargar mais uma derrota. Mas não aprende a lição.
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