BRASÍLIA -AGENCIA CONGRESSO – Com R$ 11,2 bilhões no Orçamento de 2024, as emendas de bancadas estaduais surgiram para financiar grandes obras, definidas em comum acordo entre os congressistas de cada Estado.

Mas não é o que vem ocorrendo nos últimos anos: em várias bancadas, deputados e senadores passaram a dividir as emendas em pequenos montantes, a serem enviados para prefeituras e entidades, tratando-as, na prática, como emendas individuais.

Ofícios obtidos pela reportagem por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI) mostram o “racha” do dinheiro entre os congressistas, com nomes e valores da “cota” de cada um.

Em Brasília, esse tipo de divisão é conhecida como “rachadinha orçamentária”, e, apesar de naturalizada, é irregular: a prática é vedada pela Resolução nº 1 de 2006 do Congresso, que determina que as emendas de bancada sejam destinadas a projetos “de grande vulto” ou “estruturantes”.

Informações como as reveladas pelos ofícios não são públicas em fontes abertas.

Não é possível rastrear a “cota” de cada congressista no rateio das emendas de bancada usando ferramentas como o Siga Brasil ou o Portal da Transparência.

Trata-se de um arranjo informal dentro das bancadas.

(fonte Valor)

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