Volta ao trabalho - após eleição de novembro - só depende da maioria.

BRASÍLIA – Por mais 1 ano, o jornalismo é considerado uma das profissões mais arriscadas do mundo.

Em 2017, 78 jornalistas morreram durante o ofício, enquanto outros 326 foram presos. Segundo a ONG britânica Article 19, esse é o maior número de assassinatos de profissionais da imprensa desde 2008.

O relatório, divulgado pela instituição voltada à preservação dos Direitos Humanos, é liderado por Turquia, Rússia e Hungria. Também se percebeu 1 aumento à caça aos jornalistas em países governados por extremistas.

Em comunicado, o diretor-executivo da Article 19, Thomas Hughes, afirma que o fenômeno é global, e as violações aos direitos humanos têm afetado diversos países com tradição de respeito à liberdade de expressão.

Este relatório é um alerta sobre o estado precário da liberdade de expressão e a rapidez com que pode ser minada por aqueles que querem fechar a liberdade de expressão, a dissidência e a oposição informada”, disse

Em paralelo, outra ONG também tem monitorado as atividades relacionadas à repressão de jornalistas e profissionais de mídia ao redor do mundo. O CPJ (Comitê para Proteção dos Jornalistas) já contabilizou 48 mortes em 2018.

CASOS DE ATAQUES A JORNALISTAS

No início de outubro, o jornalista Jamal Khashoggi, que escrevia para o Washington Post, desapareceu após visitar o consulado da Arábia Saudita em Istambul, na Turquia. Pouco depois, o governo saudita confirmou sua morte.

As investigações apontam envolvimento do príncipe Mohammad Bin Salman, de quem Khashoggi era crítico.

Em novembro, 1 repórter da CNN que fazia a cobertura da Casa Branca teve sua credencial recolhida pela Presidência dos Estados Unidos depois de discutir com o presidente dos EUA, Donald Trump.

Apesar da suspensão, a Casa Branca teve de devolver a credencial para Jim Acosta.

COMO É A REALIDADE NO BRASIL

Segundo dados divulgados pela ONG “Repórteres Sem Fronteiras”(RSF), o Brasil é o 2º país da America Latina que mais mata jornalistas. A avaliação é dos anos 2010 até 2017. O ranking considera somente pessoas que foram mortas por causa da profissão.

Em 7 anos, 26 comunicadores foram assassinados enquanto trabalhavam. Este número só não é o maior entre os países latino americanos, pois, no México, foram 52 vítimas no mesmo período.

De acordo com o relatório, dentre os profissionais de imprensa os mais vulneráveis são os blogueiros –jornalistas independentes representam 40% das mortes.

Segundo a análise, isso se deve ao fato de não terem apoio de nenhuma instituição.

O blogueiro Luís Gustavo da Silva, responsável por denunciar o assassinato de Maurício Santos Rosa –dono do jornal “O Grito”–, foi baleado por 2 homens em Aquiraz em 2017. Ambas as mortes são citadas no relatório.

Apesar de ter a LAI (Lei de Acesso a Informação), que trouxe maior transparência, o Brasil é o 103º na Classificação Mundial de Liberdade de Imprensa.

A violência é 1 dos fatores que se destacaram na colocação do país.

COM INFORMAÇÕES DO PODER 360.COM.BR