BRASÍLIA – A saída de governadores eleitos em 2014 para concorrer a novos cargos no pleito de outubro mudou o cenário nos estados da campanha presidencial.
O prazo para os políticos deixarem seus cargos tendo em vista a eleição acabou no último domingo (7.abr.2018).
Vários Estados perderam seus mandatários que irão concorrer à Presidência, caso de Geraldo Alckmin (PSDB) em São Paulo, ou ao Senado Federal.
Os governadores são fortes cabos eleitorais para os candidatos à Presidência. Nos próximos meses, trabalharão em consolidar bons palanques estaduais para terem espaço para propaganda e diálogo com os eleitores.
O ex-presidente do STF (Supremo Tribunal Federal) Joaquim Barbosa aparece em vantagem em relação aos adversários.
Caso decida ser candidato pelo PSB, Barbosa deve contar com o apoio de 5 governadores de seu partido: Márcio França (SP), Paulo Câmara (PE), Daniel Pereira (RO), Rodrigo Rollemberg (DF) e Ricardo Coutinho (PB). Somados, os Estados contam com 45,7 milhões de eleitores.
Ainda avaliando o impacto da prisão do ex-presidente Lula, o PT também larga com vantagem em relação ao apoio de governadores. O partido também deve contar com o apoio de 5 Estados, que representam 1 total de 37,1 milhões de eleitores.
São eles: Tião Viana (AC), Rui Costa (BA), Camilo Santana (CE), Wellington Dias (PI), e o emedebista Renan Filho (AL). O filho do senador Renan Calheiros deve seguir o pai, rompido com o correligionário Michel Temer (MDB).
Cargos desejados pelos governadores que disputarão as eleições
Governador | cargo que irá disputar |
---|---|
Geraldo Alckmin (SP) | Presidência da República |
Marconi Perillo (GO) | Senado |
Raimundo Colombo (SC) | Senado |
Jackson Barreto (SE) | Senado |
Beto Richa (PR) | Senado |
Confúcio Moura (RO) | indefinido |