Bouboulina

BRASÍLIA – A Marinha até que se esforçou. Mas foi a Polícia Federal que descobriu o responsável pela maior tragédia ambiental do país. Pior até que Brumadinho que quase matou o Rio Doce.

A PF deflagrou nesta sexta-feira (1°/11) uma operação para cumprir mandados de busca e apreensão em uma empresa apontada como responsável pelo navio que teria derramado óleo na costa do Nordeste do Brasil.

As investigações apontam que o óleo que polui o mar e as praias na região partiu de um navio da Grécia. A embarcação, que pertence a uma empresa daquele país atracou na Venezuela, em julho, e o vazamento teria ocorrido quando ele seguia para Singapura.

De acordo com a PF, as investigações tiveram início em setembro deste ano e contam com a participação da Marinha do Brasil, Ministério Público Federal, Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama), e Agência Nacional do Petróleo.

E também a Universidade Federal da Bahia, Universidade de Brasília e a Universidade Estadual do Ceará. Uma empresa privada do ramo de geointeligência também participou das diligências.

Ainda de acordo com as investigações, a localização da mancha inicial de petróleo cru é em águas internacionais, a aproximadamente 700km da costa brasileira, em sentido leste, com extensão ainda não calculada”.

A PF suspeita que o derramamento ocorreu entre os dias 28 e 29 de julho, e de acordo com a corporação “foi possível identificar o único navio petroleiro que navegou pela área suspeita, por meio do uso de técnicas de geointeligência e cálculos oceanográficos regressivos”.

“A embarcação, de bandeira grega, atracou na Venezuela em 15 de julho, permaneceu por três dias, e seguiu rumo a Singapura, pelo oceano Atlântico, vindo a aportar apenas na África do Sul. O derramamento investigado teria ocorrido nesse deslocamento”, informa a PF.

São cumpridos dois mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro, expedidos pela 14ª Vara Federal Criminal de Natal/RN, em sedes de representantes e contatos da empresa grega no Brasil.

As diligências continuam para saber de quem era o petróleo que vazou. A empresa dona do navio não avisou as autoridades.

Com informações do CB e Agências de Notícias