BRASÍLIA – AGENCIA CONGRESSO – A Confederação Nacional da Indústria (CNI) disse que recebeu “com indignação” o comunicado do Copom, que “está na contramão de outros países, que estão reduzindo os juros, em vez de aumentá-los”.
“Trata-se de mais uma decisão extremamente conservadora da autoridade monetária”, afirmou a CNI.
Segundo a instituição, “as despesas primárias federais apresentaram crescimento real de 10,5% no primeiro semestre de 2024, em relação ao mesmo período de 2023.
Já no segundo semestre de 2024, na comparação com o mesmo período de 2023, a estimativa da CNI é de queda real de 1,7%
JUROS
A taxa de juros oficial Selic foi aumentada de 10,75% para 11,25% ao ano.
Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) anunciou esta mudança, gerando de que, ao final de 2024, esta taxa feche na faixa de 11,75%.
A decisão pelo aumento foi unânime, com o voto inclusive do futuro presidente do BC, Gabriel Galípolo, indicado por Lula. Na foto com Roberto Campos.
Copom alega impacto da incerteza na economia dos Estados Unidos, mas também leva em conta a expansão da inflação no Brasil, na faixa de 4,50%, atingindo o teto da meta.
REPERCUSSÃO
Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) considerou aumento da Selic como “excessivo”.
Disse que a inflação projetada para o médio prazo, que é o período mais relevante para a definição da Selic pelo Banco Central, se encontra dentro da margem de tolerância da meta inflacionária.
Para Firjan, “inviabiliza a recuperação sustentável da indústria, em especial da indústria de transformação”.
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