BRASÍLIA – AGENCIA CONGRESSO – O Brasil terá 50% da população vacinada contra o novo coronavírus até junho.
Mais: o país encerrará 2021 conseguindo imunizar todo o público vacinável, ou seja, maiores de 18 anos que não estejam gestante ou tenham contra-indicações aos ingredientes vacinais.
Essas previsões foram feitas pelo ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, nesta quinta-feira (11/2), durante reunião no Senado Federal programada para o titular da pasta esclarecer as ações de enfrentamento à covid-19.
Muitos senadores, no entanto, não acreditaram. Em dezembro o mesmo ministro esteve no Senado e disse que em janeiro haveria vacina para todos.
A ida de Pazuello ao Senado visa evitar que a Casa abra uma CPI da Covid, uma Comissão Parlamentar de Inquérito que iria apurar todos os erros do governo no combate a pandemia.
O resultado dessa CPI poderia dar base a pedido de afastamento do presidente via Poder Judiciário.
GASTOS COM CLOROQUINA
O senador Fabiano Contarato (Rede-ES) cobrou responsabilização criminal sobre os gastos do governo federal com a produção, o armazenamento e a distribuição de medicamentos sem eficácia comprovada contra a Covid-19.
“Quando o senhor contraiu a doença, divulgou vídeo afirmando que já tinha iniciado o tal tratamento precoce. Aliás, o site do Ministério da Saúde tinha o chamado TrateCov, que estabelecia todas as formas direcionando o tratamento para Cloroquina e Ivermectina. O governo incentivou os cidadãos a fazer o mesmo. O senhor deve ser responsabilizado criminalmente, assim como o presidente da República, porque estimularam aglomerações, o não distanciamento social seguro, a não utilização de máscaras e ainda por cima estimularam o uso de medicação sem nenhuma comprovação científica”, frisou o senador.
Contarato também apontou os riscos de tratamento precoce para a saúde: “É um governo negacionista. Estão aqui: 1,5 milhão de comprimidos de cloroquina estocados em Guarulhos. O Ministério da Saúde utilizou a Fundação Oswaldo Cruz para produção de 4 milhões de comprimidos de cloroquina, além de Tamiflu. O tratamento precoce mata”, reiterou o senador.