BRASÍLIA – AGENCIA CONGRESSO – O nome do senador Magno Malta (PR) – que quase virou ministro do governo Bolsonaro – foi vetado pelos militares.
O político com 20 anos de atuação em Brasília – quatro como deputado federal e 16 como senador – estava na listas dos que seriam agraciados com cargos.
Mas enfrentou forte oposição de pelo menos três militares próximos ao presidente eleito, que reviu a indicação.
Malta seria ministro da Cidadania, pasta que acabou na mão do deputado federal gaúcho Osmar Terra (MDB).
Pesou contra o senador não reeleito, denúncias que acumulou durante o período em que presidiu CPIs no Senado, principalmente da Pedofilia.
“O governo iria acumular problemas com Malta no ministério”, disse uma fonte da Agência Congresso com assento na equipe de transição.
Não está descartado, no entanto, a ida de Malta para a presidência da TV Brasil, que será extinta ou privatizada no próximo governo.
Jair Bolsonaro, que assume a Presidência da República em 1º de janeiro de 2019, anunciou o fechamento da “TV de Lula”.
Bolsonaro acredita que não é vantajoso manter em sua gestão um órgão que “dá traço de audiência”. A emissora custa caro ao país.
A TV Brasil é o principal veículo da Empresa Brasil de Comunicação, a EBC. Ela foi criada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2007, com o objetivo de democratizar o acesso à informação.
Se tornou cabide de emprego de petistas. Tereza Cruvinel, ex-presidente da EBC e petista responsável pela implantação da emissora estatal, declarou em seu Twitter que o anúncio de extinção da TV Brasil “deforma o sistema público de comunicação” e que a decisão de Bolsonaro é um retrocesso.