BRASÍLIA – O Election Guard, sistema lançado pela Microsoft essa semana, permite recontar os votos automaticamente, dispensando, por exemplo, o comprovante de votação ou a possibilidade do voto impresso.
A empresa não explicou como será feita essa checagem, mas afirma que pretende disponibilizar, gratuitamente, a partir de junho, a qualquer um que tenha interesse.
O programa tem como objetivo acabar com a estratégia de incentivo ao ceticismo no processo eleitoral, como aconteceu nos EUA, com Trump e no Brasil, com Jair Bolsonaro, que afirmou que se não ganhasse, o pleito teria sido fraudado.
A Microsoft quer, não apenas aumentar a credibilidade do processo eleitoral, mas também aumentar a segurança dos candidatos políticos.
Lançado a pouco mais de um ano das eleições presidenciais norte-americanas, não poderia chegar em momento mais oportuno, já que, no pleito passado, o Comitê Nacional do Partido Democrata foi hackeado, assim como a campanha de Hillary Clinton
PROBLEMA
Só há um: O Election Guard resolve um problema para o qual já temos solução. Apesar de criticadas, as urnas eletrônicas do Brasil já possuem sistema para serem auditadas. Os votos são computados dentro de cada urna de maneira criptografada, ou seja, embaralhada. Assim, ninguém consegue identificar quem votou em quem.
As urnas armazenam o número digitado, mas não a identidade de quem votou, assim, é possível recontar os votos sem que seja revelada a identidade do eleitor. Às vésperas da eleição do ano passado, a presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Rosa Weber, reafirmou que, caso necessário, era plenamente possível auditar a eleição.
Provavelmente os alvos sejam localidades em que a votação seja ainda feita com cédulas de papel como em algumas regiões dos EUA. Em 2000, o candidato democrata à presidência derrotado, Al Gore, pediu uma recontagem dos votos da Flórida.
Com informações do UOL
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