BRASÍLIA – AGENCIA CONGRESSO -“O problema mais grave do Brasil hoje é a concentração de riquezas. Tema que sequer foi discutido na eleição de outubro”.
Essa afirmação foi feita hoje pelo governador eleito do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), durante debate no Tribunal de Contas da União, onde se realizou o II Fórum do TCU sobre Controle de Contas.
Ao responder uma pergunta sobre a boa situação financeira do ES que recebeu nota A do Tesouro Nacional – por estar com as contas em dias – Casagrande disse que o fato é positivo mas que o cidadão quer também nota A no social.
“Na verdade o ES tem um histórico de boas gestões. Nossa primeira nota A foi em 2014 quando deixei o governo. Mas isso não é o suficiente. O cidadão precisa de serviços públicos de qualidade, precisa de segurança, do sistema prisional controlado”, lembrou.
Semana passada o Espírito Santo recebeu a nota máxima do Tesouro Nacional quanto à capacidade de pagamento do Estado. O resultado foi obtido seguindo uma nova metodologia criada pelo Tesouro Nacional, que avalia três indicadores: endividamento, poupança corrente e liquidez.
Além do Espírito Santo, Pará obteve nota “A”. Casagrande que vê muita propaganda sobre a gestão fiscal, e ausência de políticas públicas nas áreas que a sociedade mais precisa”.
E criticou a busca ‘exagerada’ do atual governo de reduzir o volume de recursos em caixa ” o que tira a proteção para 2019, que será ano muito incerto e pode nos obrigar a aprovar um orçamento mais conservador”, disse.
Mas descartou a possibilidade de atraso no pagamento do funcionalismo público: “Nós não sabemos como vai ser 2019. Seria bom que não tivesse essa conduta de reduzir o volume de caixa”, disse.
Perguntado se essa situação poderia comprometer o pagamento do funcionalismo público, o novo governador negou: “Não, não vou deixar acontecer isso. Mas no último momento do governo esses gastos tiram a proteção para 2019, nos dá menos tranquilidade para conduzir o estado, e nos obriga a aprovar um orçamento mais conservador”.
Durante o evento na Escola Superior do TCU, o governador capixaba elogiou a atuação do Tribunal de Contas do ES ” que melhorou muito nos últimos anos dialogando mais com a sociedade.
Para ele, os órgãos de controle ajudam no ato de governar na medida em que cobram responsabilidades de todos os poderes, inclusive do próprio Tribunal de Contas. “Os órgãos de controle tem papel fundamental para que tenhamos organizado o serviço publico”.
Foto Handerson Siqueira
Petróleo & Gás – Após deixar o TCU, o governador se reuniu com o secretário de Petróleo e Gás do Ministério de Minas e Energia, Márcio Felix, para discutir a criação de uma empresa de gás no ES, cujo projeto já se encontra na Assembléia Legislativa:
“Vou buscar apoio técnico para viabilizar essa empresa cujo controle acionário será do ES, mas a BR Distribuidora terá 49% da empresa. Isso ajudará muito os empreendedores capixaba porque o preço do gás está muito elevado”, concluiu Casagrande.
(foto principal AGCongresso)
- Publicidade -