BRASÍLIA – AGENCIA CONGRESSO – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva está interessado em garantir maioria no Senado, na eleição de 2026, para conter o avanço do bolsonarismo.
Só da família do ex-presidente são candidatos ao Senado dois filhos e a mulher. Jair Bolsonaro admitiu essa semana, em entrevista VEJA, que seu filho o deputado federal Eduardo concorrerá por São Paulo. O senador Flávio pelo Rio, candidato a reeleição, e sua mulher, Michele, por Brasília.
Lula pretende atrair adversários e aliados para se lançarem ao Senado. Um dos nomes é o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB),e fazer o mesmo com outros nomes de centro país afora, como o governador do ES, Renato Casagrande (PSB).
A ideia é evitar que a extrema-direita conquiste espaço ali e coloque o próximo governo em xeque. O atual governo tem que aturar o Centrão comandando as duas Casas do Parlamento.
E a partir de fevereiro do ano que vem a situação deve pior. O senador Davi Alcolumbre (AP) pode substituir Rodrigo Pacheco (MG) que é mais fiel ao Planalto.
O plano de Lula construir uma bancada mais de centro-esquerda no Senado será mais difícil do que o de Bolsonaro em alavancar uma bancada de direita.
No Distrito Federal Lula terá dificuldades em atrair adversários. A tendência é uma das duas vagas em disputa ficar com a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.
A segunda está entre o governador Ibaneis Rocha (MDB). A esquerda só tem alguma chance se for unida em torno de um candidato. Até aqui, não há sinal dessa unidade.
No caso do ES, se Casagrande ceder aos encantos de Lula para disputar o Senado, terá que deixar o governo capixaba em abril de 26, o que cacifa seu vice, Ricardo Ferraço (MDB), pré-candidato ao Palácio Anchieta.
Mas a direita capixaba saiu fortalecida da eleição municipal deste ano, e com certeza terá até mais de um candidato ao governo estadual.
(Com CB)
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