BRASÍLIA AGENCIA CONGRESSO – A decisão da 2ª Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) de soltar o ex-ministro e homem forte do PT José Dirceu, condenado a mais de 30 anos de prisão por corrupção passiva, não deve influenciar no caso do ex-presidente Lula porque são processos diferentes, avaliam deputados federais.
“Foi uma decisão foi vergonhosa”, disse o deputado Evair Melo (PP). “Zé Dirceu e Lula continuam custando caro a esse país, e o STF ao invés de tratar de coisas mais importantes fica gastando dinheiro público com essa trupe que sacrificou um geração por terem se aproveitado do poder e saqueado esse país”, criticou.
Outro parlamentar, Carlos Manato (PSL/ES), também avaliou como absurda a decisão do STF de soltar Zé Dirceu. Mas não acredita que o mesmo benefício sirva para o ex-presidente Lula ” porque são processos diferentes. Não acredito que Lula seja solto”, disse.
Da mesma forma se manifestou o deputado Marcus Vicente (PP), coordenador da bancada no Congresso: ” São processos diferentes que requerem decisões diferentes”, afirmou.
Lava Jato
Para Norma Auyb (DEM), é importante defender a Lava Jato para que seja possível combater “o câncer da corrupção que impera no país”. Mas diz respeitar a decisão da 2ª turma que soltou José Dirceu. Sobre o ex- presidente Lula, a deputada diz que está sendo cumprido o devido processo legal que o levou à prisão em abril. “Assim deverá permanecer porque vivemos num regime democrático de direito”, concluiu.
O senador Magno Malta (PR) se manifestou pelas redes sociais acusando o STF de desrespeito com o cumprimento da lei, ” e deboche com o povo brasileiro e a falta de pudor com a moralidade pelo Supremo Tribunal Federal – STF – em um medíocre cabo de força para afrontar a nação, merece o repúdio do Brasil”, escreveu.
A decisão de mandou soltar provisoriamente o ex-ministro José Dirceu foi tomada por 3 votos a 1 em sessão realizada terça- feira (26) Votaram para liberar o petista os ministros Dias Toffoli (relator), Ricardo Lewandowski (presidente) e Gilmar Mendes.
FACHIN ISOLADO
O ministro Edson Fachin foi contrário à soltura. Celso de Mello não participou da sessão.A 2ª Turma já havia tirado Dirceu da cadeia em junho de 2017 com os votos dos mesmos 3 ministros.