BRASÍLIA – AGENCIA CONGRESSO – Apesar do Senado ser uma Casa de velhos – com algumas exceções – precisou de um aposentado para sugerir um projeto de lei importante para toda a sociedade.

O aposentado Antônio Soares, 81 anos, tem glaucoma. Ele toma remédios de uso contínuo e, de uns anos para cá, passou a sentir dificuldade para enxergar as minúsculas letras que indicam o prazo de validade de um medicamento.

“Eu uso óculos, mas, para enxergar a validade, também preciso usar uma lupa — diz.

Em 2019, Soares pegou o telefone e ligou para o Senado para dar uma sugestão de projeto de lei: o aumento do tamanho dos números que indicam a validade das medicações.

Somente agora, em 2022, a sugestão de Soares se tornou projeto de lei. O senador Plínio Valério (PSDB-AM), ouvidor-geral do Senado, adotou a ideia e apresentou o Projeto de Lei (PL) 546/2022.

Essa proposta prevê que “o nome do produto, a identificação de seu princípio ativo e a sua data de validade devem ser grafadas de modo facilmente compreensível, legível e indelével, com bom tamanho e, também, impressão em braile, nas embalagens de medicamentos”.

Nada mais justos porque os laboratórios quando querem fazer propaganda de seus produtos, imprimem letras grandes. Pena que o projeto ainda tenha que esperar anos para ser aprovado nas duas Casas.

Com Agência Senado