BRASÍLIA – Com o mandato cassado em 2016, por quebra de decoro parlamentar, o ex-senador e delator da Lava Jato Delcídio Amaral tenta voltar ao Senado.

Ele conseguiu registrar sua candidatura,  segunda-feira, último dia de prazo, pelo PTC de Mato Grosso do Sul, ao mesmo tempo em que o médico César Augusto Nicolatti, que guardava a vaga, renunciou.

Qualquer concorrente ou o Ministério Público tem até cinco dias para questionar a candidatura de Delcídio na Justiça Eleitoral. Ao ser cassado pelo Senado, ele se tornou inelegível até 2027.

Delcídio, no entanto, recorreu ao Supremo Tribunal Federal contra a decisão, para reaver seus direitos políticos. E conseguiu. Pelo menos por enquanto.

Ex-líder do governo do PT no Senado e delator da Operação Lava-Jato, Delcídio virou réu pelo juiz Sergio Moro, em março, acusado de receber US$ 1 milhão em propina do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró pela compra da refinaria de Pasadena.

Delcídio foi absolvido em outra ação na Justiça Federal, em que era acusado de obstrução de Justiça, ao lado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de tentar comprar o silêncio de Cerveró e evitar que fizesse delação premiada.

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