BRASÍLIA  O debate sobre a difusão de notícias falsas pela internet ganha amplitude na medida em que as eleições de 2018 se aproximam.

A discussão em relação ao problema está a pleno vapor no Congresso Nacional e no Superior Tribunal Eleitoral (TSE).

O 2º vice-presidente do Senado, João Alberto Souza (PMDB-MA), afirmou que o chamado “fake news é crime e deve ser combatido com muita firmeza”.

As declarações ocorreram nesta terça-feira (12/12), durante um seminário convocado pelo presidente do Senado, Eunício Oliveira, para discutir medidas para frear a boataria que corre na internet e coloca a democracia em risco.

Levantamento aponta que no Brasil ao menos 12 milhões de pessoas compartilham notícias falsas na internet todos os meses.

A circulação de informações falsas pode prejudicar a avaliação dos eleitores sobre os candidatos e até mesmo colocar em risco o sistema eleitoral.

Geralmente, histórias falsas são introduzidas na rede por pessoas que criam perfis anônimos ou com identidade falsa, e são patrocinadas por empresas e até adversários políticos de concorrentes em eleições.

Existem ainda os chamados robôs, que são perfis controlados por máquinas e que espalham informações pré-programadas de forma disfarçada nas redes sociais.

O assunto já é debatido em diversos países, como no Reino Unido, onde analistas apontam que houve grande influência das notícias falsas no processo que resultou na separação do país do grupo que integra a União Europeia.

E também nos Estados Unidos, onde o FBI aponta que a Rússia teria influenciado nas últimas eleições, plantando notícias negativas contra a candidata do Partido Democrata.

O Congresso Nacional vai definir punições para esse tipo de crime que tem prosperado, e com certeza vai imperar nas eleições do ano que vem.

O atual presidente dos Estados Unidos foi beneficiado por notícias falsas contra a sua adversária e pode perder o mandato até o fim de 2018.

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