BRASÍLIA – AGENCIA CONGRESSO – A Polícia Legislativa concluiu que o assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência da República, Filipe Martins, cometeu crime de preconceito ou raça durante uma audiência no Senado ocorrida em março.

Na ocasião, ele juntou o indicador e o polegar da mão direita de forma arredondada e passou sobre o paletó.

O gesto foi considerado obsceno pelos parlamentares e também associado a uma saudação de supremacistas brancos – a mão posicionada desse jeito forma as letras WP (“white power”; ou poder branco).

Agora, o Ministério Público deve enviar o caso para a Polícia Federal e depois vai decidir se pede mais investigações, se já há elementos para denunciar o assessor ou se arquiva o processo.

No relatório pelo indiciamento do assessor, segundo fontes ouvidas pela reportagem, a Polícia Legislativa lista o histórico das condutas de Martins e compara o gesto que ele fez com outras pessoas que seriam ligadas a grupos extremistas.

Embaixador chinês pede a cabeça de Filipe Martins

Interlocutores de Bolsonaro levaram ao presidente recado do embaixador chinês no Brasil: Yang Wanming estaria insatisfeito com a permanência de Filipe Martins na chefia da Assessoria Internacional da Presidência da República.

Em geral, Yang Wanming dispensa intermediários e escreve publicamente, e em bom português, suas impressões sobre as tratativas com o governo brasileiro. (Com Globo e Metrópoles)