BRASÍLIA – AGENCIA CONGRESSO – Os resultados da eleição de hoje 15/11 vão compor o cenário da sucessão presidencial de 2022. Bolsonaro perdeu em centros importantes como São Paulo, onde seu candidato, deputado Russomano, sequer foi para o Segundo Turno.

Mas em outras cidades o presidente viu aliados serem eleitos, ou pelo menor ir para o segundo turno, como no Rio de Janeiro, e Fortaleza.

Sete capitais brasileiras elegeram seus prefeitos neste domingo (15), ainda no primeiro turno das eleições municipais. Para isso acontecer, o candidato vencedor precisou ter pelo menos 50% dos votos válidos – e mais um.

A disputa foi mais folgada em Belo Horizonte, Curitiba, Salvador e Natal. PT foi o grande derrotado nas grandes capitais. PSDB também amargou derrotas, como em Belo Horizonte, mas  lidera em São Paulo.

  • Belo Horizonte (MG): Kalil, do PSD, com 667.013 votos (63,36%)
  • Curitiba (PR): Rafael Greca, do DEM, com 499.821 votos (59,74%)
  • Salvador (BA): Bruno Reis, do DEM, com 771.616 votos (64,19%)
  • Natal (RN): Alvaro Dias, do PSDB, com 194.764 votos (56,58%)

SURPRESA EM VILA VELHA (ES)

O novo ( o candidato, não o partido) surpreendeu em Vila Velha vencendo a eleição, fato não aferido pelas pesquisas eleitorais, que davam o atual prefeito, Max Filho (PSDB) como favorito, e Neucimar Fraga, em segundo.

O vereador Arnaldo Borgo, do Podemos, que não tinha apoio nem de lideranças tradicionais, surpreendeu na reta final e garantiu sua vaga no segundo turno. Ele cumpre seu segundo mandato na Câmara, onde é critico de Max. Borgo jogou pesado nas redes sociais.

Já o ex-prefeito Neucimar Fraga (PSD) acabou ficando sem vaga para disputar o segundo turno. Ele, no entanto, é também suplente de deputado federal, e pode ganhar a vaga porque o deputado Vidigal é favorito na Serra.

2º TURNO NA SERRA NÃO ERA ESPERADO

Na Serra acreditava-se que a eleição seria decidida no primeiro turno. Não ocorreu, apesar do deputado federal Sérgio Vidigal (PDT) ter ganho com grande vantagem, mais de 50 mil votos a frente do segundo colocado.

ARQUIVO AGC – AGENCIA CONGRESSO

“Nossa expectativa sempre esperou 2º turno. Não foi surpresa nenhuma, este cenário devido a pandemia. Enfrentamos muita fake news e uso da máquina pública. Agora será diferente pois poderei mostrar minhas propostas, minha experiência. Foi uma campanha de 7X 1”, disse em entrevista a Agência Congresso, se referindo as sete candidaturas que combatiam a dele.

A Serra teve 100 mil abstenções, num município com 320 mil eleitores. Ausência do eleitorado mais idoso – provavelmente devido a pandemia de Covid – pode ter prejudicado Vidigal e o impediu de ganhar a eleição no primeiro turno

PT SURPRENDEU EM CARIACICA

Em Cariacica se atribui ao deputado federal Helder Salomão (PT) o desempenho do partido na disputa local. Ele foi prefeito da cidade por 8 anos. As pesquisa não aferiram, mas a candidata Célia Tavares foi a segunda mais votada, num município com mais de 260 mil eleitores.

Helder Salomão não quis concorrer a PMC

O candidato Sandro Locutor, apoiado pelo deputado federal Amaro Nero, sofreu uma derrota prevista, já que sua rejeição era a maior entre os candidatos. Até o novato subtenente Assis teve mais votos que Locutor, que em 2018 disputou vaga de deputado federal e também perdeu.

Vitória acabou ficando com dois candidatos da direita e dois da esquerda nos quatro primeiros lugares. Delegado Pazolini lidera, seguindo de João Coser do PT.

Em terceiro Gandini, candidato do atual prefeito Luciano Rezende, ambos do Cidadania, e principais derrotados. Em quarto lugar capitão Assunção, aliado de Bolsonaro como Pazolini.

Coser é considerado um candidato fraco, mas deve receber apoio do Cidadania e PSB, o que pode lhe dar fôlego para vencer o candidato do Republicanos.