BRASÍLIA – AGÊNCIA CONGRESSO – O ex-deputado federal e ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (MDB-RJ), já passou dois aniversários na cadeia, e, este ano, a comemoração será em um presídio diferente.
Cunha foi transferido de Curitiba para o Bangu 8, no Rio de Janeiro, no dia 31 de maio, onde continua cumprindo pena de 14 anos e seis meses de prisão à qual foi condenado na Operação Lava Jato.
O ex-deputado fará 61 anos de idade, no dia 29 de setembro. Para diminuir sua pena aceitou entregar marmitas no presídio e a prestar outros serviços internos.
Depois de ter liderado o processo de impeachment da ex-presidente Dilma, o ex-deputado federal pelo Rio de Janeiro, foi afastado da presidência da Câmara no dia 12 de setembro de 2016.
Cunha chegou a ser o segundo na linha sucessória do país quando o ex-presidente Michel Temer (MDB/SP) assumiu a vaga de Dilma Roussef.
Foi condenado em março de 2017, mas está preso desde 19 de outubro de 2016, quando a prisão preventiva foi decretada.
Há mais de dois anos preso, o ex-poderoso Eduardo Cunha não sabe quando sairá da cadeia.
Condenado pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e evasão de divisas em contrato da Petrobras para a exploração de petróleo no Benin, na África. Cunha está preso há dois anos e oito meses.
Ele também é réu por corrupção passiva e lavagem de dinheiro e acusado de receber US$ 5 milhões em propina em contratos de construção de navios-sonda da Petrobras.
A Vida de Cunha
Eduardo Cosentino da Cunha nasceu em 1958 no Rio de Janeiro, é economista e radialista. Inciou a vida política como deputado estadual pelo Rio de Janeiro de 2001 a 2003, período em que assumiu a vaga como suplente.
Em 2003 trocou do Partido Progressista (PP) para o Movimento Democrático Brasileiro (MDB), partido ao qual foi filiado durante todo o período como deputado federal, de 2003 a 2016. Foi líder do MDB na Câmara.
Em fevereiro de 2015, Cunha foi eleito para a Presidência da Câmara com 267 votos, posição em que ficou até 2016, quando teve o mandato cassado por quebra de decoro parlamentar por 450 votos favoráveis e 10 contrários.
Durante o período como deputado federal, Eduardo Cunha foi membro da bancada evangélica e considerado por muitos um dos deputados mais conservadores da base aliada de Dilma Roussef.
Um dos projetos polêmicos de autoria de Cunha foi a proposta de criminalização da “heterofobia” que chegou a tramitar nas comissões, mas hoje encontra-se arquivado.
Também anunciou a construção de um shopping na Câmara,ao lado do Anexo IV, que contaria com cinemas e restaurantes. Uma Comissão Especial chegou a ser criada para elaborar o projeto. Com sua queda o projeto foi esquecido.