Rigoni em SP com o então ministro Tarcísio, e governador Casagrande, num evento da Folha

BRASÍLIA – AGENCIA CONGRESSO – O deputado federal Felipe Rigoni (PSL), 30 anos, deficiente visual, quer ser governador do ES, deve ser candidato nas eleições deste ano, mas seu projeto de governar o estado é para 2026.

Foi dele mesmo quem admitiu isso durante entrevista em que revelou também desejar ser presidente do Brasil. Na eleição deste ano ele pretende discutir com a população um projeto para um novo ciclo politico e econômico capixaba, como explicou.

Pretende montar o projeto indo na casa das pessoas. A eleição de 2022, seria portanto, um laboratório para um ”futuro governo digital”.

Após 2026, na sua opinião, se encerra um clico de prosperidade política e econômica no ES, após os mandatos dos ex-governadores Paulo Hartung e Renato Casagrande (PSB), cada um com três mandatos. Casagrande vai disputar o terceiro.

“Alguma coisa precisa ser pensada para o futuro”, disse na entrevista que concedeu a jornalista Fabiana Tostes do programa ” De Olho no Poder” na rádio Jovem Pan News Vitória, dia 20.

Ele quer ser candidato ao governo mas não sabe se o partido vai liberar legenda. Seu compromisso é com um novo ciclo que, na sua avaliação, começa após o terceiro mandato de Casagrande a frente do governo, se reeleito.

O deputado só não explicou porque abriu mão de uma reeleição  ”quase certa”, depois de ter sido o segundo federal mais votado na eleição de 2018, com mais de 84 mil votos.

Nos bastidores da bancada capixaba a explicação é de que ele não se reelegeria por não ter criado bases nos municípios, não ter feito alianças com prefeitos que são fundamentais para as eleições dos federais.

Suas emendas parlamentares ao Orçamento da União – mecanismo anual importante de convencimento dos prefeitos – foram direcionadas por populares. Rigoni também disse na entrevista ser a favor da privatização da Petrobras ” mas de forma fatiada”.

Não apoia Lula nem Bolsonaro mas tem simpatia pela pré candidata do MDB Sinome Tebet. E elogiou o ministro da Infraestrutura Tarcísio Freitas.

A filiação do deputado capixaba ao PSL (Foto M.Rosetti/AGC) no início de dezembro do ano passado, contou com a presença dos principais dirigentes do União Brasil, e foi noticiada com exclusividade pela AGENCIA CONGRESSO.

UB vai surgir da fusão do DEM de ACM Neto, com o PSL de Luciano Bivar. Também comparecerem os dirigentes do PSL e DEM do ES.

Neste evento, ao discursar, ACM Neto deixou claro que no ES quem vai bater o martelo sobre as alianças majoritárias para 2022 é o ex-senador Ricardo Ferraço, atual dirigente do DEM, e futuro presidente da UB.

No mesmo evento a candidatura de Rigoni ao governo foi considerada extemporânea,  ”manifestada numa época inapropriada”, segundo avaliou um deputado federal presente.

Mesmo sendo deficiente visual, Felipe Rigoni teve uma atuação muito boa em seu primeiro mandato, e teria uma reeleição fácil.

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