BRASÍLIA – AGÊNCIA CONGRESSO – Deputados e senadores que integram a Bancada Capixaba têm opiniões divergentes sobre o decreto de armas assinado por Bolsonaro.

O decreto que altera regras sobre a aquisição, o cadastro, o registro, a posse, o porte e a comercialização de armas de fogo e de munição foi assinado na ultima quarta-feira (7) e pode ser revisto pelo Congresso Nacional.

Os deputados Dra. Soraya (PSL) e Evair de Melo (PP) estiveram na cerimônia de assinatura do decreto e publicaram fotos com Bolsonaro no Instagram. Ambos apoiam o decreto.


Postagem no Instagram 

EVAIR A FAVOR DAS ARMAS

Evair disse à Agência Congresso que é favorável à decisão, mas afirma que tem “dúvidas sobre os procedimentos que foram usados, quanto aos critérios de publicação, eles podem gerar questionamentos. Mas quanto ao mérito, tem meu apoio total”.

A deputada Lauriete (PR) se posiciona a favor da medida por ser um “anseio popular”. Segundo ela não existe inconstitucionalidade no projeto e só precisam ser feitos alguns ajustes, como a extensão da liberação para todos os jornalistas e todos os advogados, por exemplo.

O coordenador da bancada, deputado Josias Da Vitória (Cidadania) se declara plenamente favorável. “Chega, no Brasil os bandidos avançam nas propriedades e patrimônios por saber que o cidadão não tem arma. Grave uma coisa, cidadão mal intencionado não registra arma, muito menos tira porte”, disse o deputado.

Marcos do Val (Cidadania) considera o decreto super positivo. Do Val acredita que “ele [decreto] está garantindo um direito constitucional do cidadão, o direito de defesa pessoal e de terceiros, principalmente em locais e situações de perigo onde não existe uma ação policial rápida e eficiente.”

CONTRÁRIOS

O senador Fabiano Contarato (REDE)  se manifestou no plenário do Senado e compartilhou seu discurso nas redes socias. “O decreto assinado, ontem, não é o decreto do desarmamento. É o decreto do armamento! Só posso ser contra isso.” disse o senador.

Felipe Rigoni (PSB) se uniu à deputada Tabata Amaral (PDT-SP) para lançar um projeto para derrubar o decreto do governo que flexibiliza o porte de armas para mais de 20 categorias profissionais.

“É uma ilusão achar que uma população armada vai gerar mais segurança. Precisamos de políticas públicas que realmente mudem o quadro de violência crônica espalhada pelo Brasil”, ressaltou o socialista Felipe Rigoni.

Amaro Neto (PRB) afirma que apesar de estar dentro de duas categorias contempladas com direito a porte de armas e munição – jornalista e parlamentar – é totalmente contra a decisão.

“Sou contra a facilitação de acesso a armas, porque desta forma o governo está terceirizando para a população o problema da Segurança Pública”, disse o deputado.

Já o socialista Ted Conti disse que se posiciona “contra esse decreto, pois ele coloca a responsabilidade da segurança pública na mão do próprio cidadão”.

O petista Helder Salomão é categórico “Quem tem que garantir a segurança pública é o Estado.”

Como se posicionam os parlamentares

Contra Favorável
Felipe Rigoni (PSB) Soraya Manato (PSL)
Ted Conti (PSB) Lauriete (PR)
Amaro Neto (PRB) Evair de Melo (PP)
Fabiano Contarato (REDE) Da Vitória (PPS)
Helder Salomão (PT) Marcos do Val (PPS)

Os deputados Sérgio Vidigal (PDT), Norma Ayub (DEM) e a senadora Rose Freitas (MDB) foram procurados mas não se posicionaram.

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