BRASÍLIA – A decisão do ministro Edson Fachin do STF de empurrar para o plenário o habeas corpus de Antonio Palocci causou irritação generalizada na segunda turma do Supremo, que originalmente trata da Lava Jato.

O único que neste momento atua como bombeiro no impasse é o decano ministro Celso de Mello.

Integrantes e assessores da corte não economizaram críticas a Fachin. Disseram que
ele deu provas de que não tem “calosidade” para ocupar a posição em que está.
Houve ainda ironia pelo fato de a decisão ter sido combinada com a presidente do
Supremo, Cármen Lúcia.

Advogados da Lava Jato aproveitaram para jogar ainda mais gasolina no episódio,
dizendo que Edson Fachin descredibilizou a segunda turma.

Integrantes da corte não minimizaram o incômodo e fizeram questão de lembrar que,
ganhando ou perdendo no plenário, Fachin terá de conviver com a segunda turma até
o fim da Lava Jato.

Com apurações do Valor